Parasita - Joon-ho Bong + Biografia

Parasita  -  Joon-ho Bong






Gisaengchung  -  Coréia do Sul  -  2019

Direção - Joon-ho Bong

Roteiro - Joon-ho Bong, Dae-hwan Kim, Hitoshi Iwaaki, Jin Won Han.

Gênero - drama - comédia

Duração - 132 minutos

Elenco - Kang-ho Song, Sun-kyun Lee, Yeo-Jeong Cho, Woo-sik Choi, Hyae Jin Chang, So-dam Park.

Sinopse - Toda a família de Kim Ki-taek está desempregada e eles vivem num porão apertado. Por acaso, seu filho é escolhido para dar aulas de inglês à uma garota de família rica, os Parks. Pouco tempo depois, toda a família consegue emprego na casa dos Parks, mas um incidente pode por tudo a perder.

Curiosidades - Palma de Ouro no Festival de Cannes.
                        - Oscar de melhor filme e filme internacional.

Comentário - Com "Parasita", Joon-ho Bong se reafirma como um dos mais criativos cineastas da atualidade. O filme é uma complexa crítica social, que se inicia como uma comédia de costumes, mostrando como a família Kim trapaceia para se infiltrar na vida da família Park, e vai ganhando um tom gradativo de suspense que termina como um drama reflexivo sobre a humanidade e suas diferenças entre classes sociais. "Parasita" mostra o envolvimento entre duas famílias compostas pelos pais e um casal de filhos, mas as semelhanças terminam por aí, enquanto a família Park vive em uma mansão onde tudo é impecavelmente limpo e organizado, a família Kim vive em um porão onde a bagunça e a sujeira são praticamente membros da família. É nas relações entre clãs tão distintos que as hipocrisias vão se revelando e culminando em um final onde as máscaras caem e fica explícito que na disputa entre classes, não há inocentes e que o ser humano ainda tem muito o que evoluir.

Nota - 9








Joon-ho Bong

Coréia do Sul - 14 de setembro de 1969.

Filho de um designer e neto de um famoso autor, decidiu se tornar um cineasta quando ainda frequentava o ensino médio.
No final da década de 80, graduou-se em Sociologia pela Yonsei University, onde era membro do cineclube. Seus cineastas favoritos na época eram Edward Yang, Shohei Imamura e Hsiao-Hsien Hou.
Enquanto estudava, realizou vários curtas-metragem, entre eles "Incoherence" e "Memory in the Frame" que foram selecionados para os festivais internacionais de Hong Kong e Vancouver.

Dirigiu o curta-metragem "White People" em 1994 e em 2000 seu primeiro longa-metragem, a comédia e crítica social "Cão Que Ladra Não Morde". Seu filme seguinte "Memórias de Um Assassino"(2003), é baseado em uma história real sobre os primeiros assassinatos em série da Coréia do Sul, e foi sucesso de público e crítica. Se tornou reconhecido internacionalmente em 2006 quando "O Hospedeiro" foi exibido no Festival de Cannes.
Em 2008, junto com Michel Gondry e Leos Carax, fez o filme "Tokyo!", onde dirigiu o segmento "Shaking Tokyo". No ano seguinte, fez "Mother - A Busca Pela Verdade", sobre uma mãe que luta para salvar seu filho deficiente de uma acusação de assassinato.
A seguir, realizou outro grande filme, a ficção-científica "O Expresso do Amanhã"(2013). Em 2017, dirigiu a produção da Netflix, "Okja" recebendo críticas tanto negativas como positivas.
Voltou em grande estilo em 2019 com "Parasita" vencendo a Palma de Ouro no Festival de Cannes, além dos Oscars de diretor, melhor filme e filme internacional.







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