Um de Nós Morrerá - Arthur Penn + Billy The Kid

Um de Nós Morrerá - Arthur Penn 


Postado em 11/5/2013

                               

The Left Handed Gun  -  EUA  -  1958

Direção - Arthur Penn

Roteiro - Leslie Stevens e Gore Vidal.

Gênero - faroeste

Duração - 102 minutos

Elenco - Paul NewmanLita MilanJohn Dehner, Hurd Hatfield.

Sinopse - William Bonney, apelidado de Billy the Kid, consegue trabalho com um criador de gado conhecido como "O Inglês". Porém, quando um xerife desonesto e seus homens assassinam seu chefe, Billy decide vingar sua morte matando os quatro responsáveis e violando a anistia geral. Seu indignado amigo Pat Garret, que esta para se casar, concorda em tornar-se xerife. Com seu amigo intimo morto, Billy se entrega e enfrenta o enforcamento.

Curiosidades - Paul Newman já havia sido Billy the Kid na TV, numa versão de 1955 chamada simplesmente ‘Billy’.

Comentário - O filme mostra Billy the Kid sempre no limite da sanidade, dando ao filme elementos freudianos. Antes mesmo de "Bonnie & Clyde", Arthur Penn já mostrava simpatia por temas antissistema. Paul Newman mais uma vez apresenta uma excelente atuação no papel do conturbado protagonista.

Nota - 7,5


                            




Billy The Kid



 Rosto comprido e assimétrico, cabeleira comprida de tons castanhos, ligeiramente ondulada. Olhos cinza-claros, 1,72m de altura. Eis o perfil de William H. Bonney, aliás Billy the Kid, segundo o biógrafo Walter N. Burns.
Billy nasceu em 1859, em Nova York. Em 1862, a família Bonney se muda para o Kansas, onde o pai vem a falecer. Em 1865, a mãe volta se casar e em 1868 se mudam para Silver City onde Billy passa a frequentar a escola, com bom aproveitamento.
Aos 12 anos, dedica-se ao jogo de cartas em salões mal afamados. Certo dia, após um homem ter falado mal da honra de sua mãe, Billy mata-o e foge da polícia. Mais tarde, disputa peles com três índios, atingindo-os mortalmente. Por essa razão, Billy procura refúgio no México, onde em sociedade, instala negócios de jogatina. Mas vem a se desentender com o sócio, e o abate a tiros.
De retorno ao Novo México, tenta refazer a vida como cowboy, e é nessa época que surge o nome de Billy the Kid. Em 1877, emprega-se no rancho de um inglês, Tunstall, com quem fez sólida amizade. Certo dia, Tunstall morre baleado por ladrões de gado, acobertados pelo Governador, Juiz e Xerife locais. Com sede de vingança, Kid se lança contra os assassinos do amigo, numa cruzada de lutas sangrentas. Tais lutas ficaram conhecidas como a "Guerra do Condado de Lincoln", num total de 12 mortes.
Em 1878, durante seis meses, esta "guerra" atinge o ponto culminante no cerco à residência de McSween, sócio de Tunstall. De forma surpreendente, Billy consegue escapar de um incêndio e de uma saraivada de balas.
Por volta de 1879, Billy, já em Fort Summer, se liga a um recém-chegado, Pat Garret, que logo conheceria outros membros do bando. Seria por isso que Garret foi escolhido Xerife pelos criadores de gado? Nas eleições feitas para tal função, havia uma obrigação: destruir Kid e seus homens. Em janeiro de 1881, traindo sua amizade com Billy, Garret prende-o. Julgado e condenado à morte, o rapaz é preso, mas, quatro meses depois, foge, após eliminar dois guardas. Garret vai ao seu encalço, cercando-o em Fort Summer.
Acolhido na casa de um amigo comum, Kid não vê a aurora, pois Garret penetra em seu quarto e o mata na escuridão da noite. Mais tarde ele iria declarar:
- Kid era um rapaz amável. Só queria prendê-lo, não queria matá-lo. Mas após sua fuga, tive de matá-lo, ou ele me mataria. Que sua alma esteja em paz!
Seus funerais foram assistidos pela população do vilarejo. Substituiu a lembrança do jovem que, em sua curta vida de 21 anos, matou 21 homens.


             
                            

O Mito - Um mês após sua morte, um homem, de nome Fable, publica: "A História de um Fora-da-Lei que Matou um Homem Para Cada Ano de Sua Vida". É nessa narrativa fantasiosa, publicada em fascículos no periódico "Police Gazette", que nove em dez escritores interessados na existência desse jovem se baseiam para escrever seus textos.
A partir de 1906, durante uma década, 10 milhões de pessoas assistem  a inúmeras representações de uma peça de teatro sobre seus feitos. Mais recentemente, Aaron Copland, compositor norte-americano, compôs o balé "Billy the Kid". Pucini compôs uma ópera. George Bernard Shaw escreveu uma peça. No cinema, já foram realizados mais de 30 filmes sobre o mito, além de diversas séries de TV.



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