O Homem que Ri - Paul Leni + Conrad Veidt

O Homem que Ri - Paul Leni 

Postado em 10/8/2013 

The Man Who Laughs  -  EUA  -  1928

Direção - Paul Leni

Roteiro - Victor Hugo (romance), J. Grubb Alexander (roteiro).

Gênero - drama

Duração - 110 minutos

Elenco - Mary Philbin, Conrad Veidt, Julius Molnar Jr., Olga Baclanova.

Sinopse- O Herdeiro de um ducado, Gwynplaine, é seqüestrado quando garoto e, por ordem do rei, desfigurado num perpétuo riso forçado; ele se torna uma atração de circo, um famoso palhaço.

Curiosidades  - Baseado no romance de Victor Hugo.

                     - O sorriso grotesco de Gwynplaine foi conseguido com o uso de uma prótese. Veidt usava um conjunto de dentaduras que tinham ganchos de metal que puxavam os cantos da boca e a única cena que ele não usou a prótese é quando ele encontra a Duquesa Josiana.

                     - A aparência do personagem Gwynplaine serviu de inspiração para Bob Kane na criação do Coringa, inimigo do Batman.

Comentário - Paul Leni realizou uma mistura entre o Expressionismo Alemão com o realismo norte-americano, o que deu ao filme uma belíssima estética visual, aliado a um ritmo dinâmico de ação. Conrad Veidt faz uma das melhores interpretações do cinema mudo. Um filme bastante humano, belo e triste.

Nota - 8,5



                                                                                 

Conrad Veidt

   Hans Walter Konrad Veidt 1 - Berlim, 22 de janeiro de 1893 — Hollywood, 3 de abril de 1943.

Foi um dos esteios do período pré-nazista do cinema alemão e deu às telas a imagem inesquecível do lúgubre e pálido assassino em "O Gabinete do Doutor Caligari"(1919).
Estreou no cinema em "The Spy"(17) e, em 1919, causou polêmica com sua interpretação de um homossexual em "Diferente dos Outros",  "Caligari" colocou-o no centro das atenções internacionais e dois anos mais tarde ele dirigiu "Lord Byron", e atuou em "As Mãos de Orlac" e "O Gabinete das Figuras de Cera", ambos de 1924. Passou um período em Hollywood durante os anos 20, onde filmou entre outros, "O Home que Ri"(28) e, ao voltar para a Alemanha foi detido pelos nazistas porque sua esposa era judia.
Emigrou para a Grã-Bretanha, tornou-se cidadão britânico e fez diversos papéis notáveis para a Korda, incluindo "The Spy in Black"(39), "Nas Sombras da Noite"(40) e "O Ladrão de Bagdá"(40). Logo Conrad mudou-se para Hollywood, onde estreou poucas produções, como "A Sombra do Passado" (42) e aquele que talvez seja seu filme norte-americano mais famoso, "Casablanca" (42), no papel de um general nazista na França ocupada.
Caiu morto em um campo de golfe aos 50 anos, pouco tempo depois de ter feito "Casablanca". que acabou sendo uma homenagem ao seu talento.