O Cavalo de Turim - Béla Tarr, Ágnes Hranitzky + Biografia

O Cavalo de Turim - Béla Tarr, Ágnes Hranitzky 


Postado em 12/6/2013 




A Torinói Ló  -  Alemanha/França/Hungria/Suiça/EUA  -  2011

Direção - Béla Tarr e Ágnes Hranitzky

Roteiro - Béla Tarr e László Krasznahorkai (roteiro).

Gênero - drama

Duração - 146 minutos

Elenco - Erika Bók, János Derzsi, Mihály Kormos, Ricsi.

Sinopse - Em Turim, em 1889, Nietzsche protege um cavalo que é brutalmente espancado. Depois desse episódio, perderá a razão. No campo, um camponês, a filha e o velho cavalo. Lá fora, uma tempestade.

Curiosidades - Urso de Prata de Prêmio Especial do Júri e Melhor Filme do Júri da Crítica do Festival de Berlim de 2011.

Comentário - Um filme diferente de tudo o que o cinema ja mostrou, odiado por uns e amado por outros, "O Cavalo de Turim" é um filme reflexivo e pessimista que mostra a triste rotina de pai e filha. A fotografia em preto-e-branco é exuberante, aliado ao magnífico uso do som, nos remete aos filmes de Dreyer e Bresson. Com pouquíssimos diálogos e longa duração, muitos o acharão longo e cansativo. Mas é uma experiência obrigatória para os amantes do cinema de reflexão.

Nota - 8,5



                                                                                           





Béla Tarr



  Béla Tarr  -  Pécs - Hungria - 21 de julho de 1955.

Criado na capital Budapeste, onde seus pais trabalhavam com teatro e cinema, começou a filmar com uma câmera 8mm aos 16 anos. Seu trabalho amador atraiu a atenção do Estúdio de Béla Balázs, que ajudou a patrocinar seu longa-metragem de estreia, “Ninho Familiar”, rodado aos 22 anos. O filme manteve-se fiel à “Escola de Budapeste”, o estilo documentário popular naquela época no Estúdio de Béla Balázs, preservando um absoluto realismo social na tela. Tarr graduou-se pela Academia Húngara de Teatro e Cinema, em Budapeste, em 1981.
Tendo tratado de questões sociais em seus primeiros três filmes, Tarr aborda os problemas de seus compatriotas esmagados pela pobreza nos filmes subsequentes, buscando também respostas para determinadas questões ontológicas. Tarr, que acredita na tese de que há uma razão para tudo no mundo, enxerga o ser humano com uma das menores unidades do universo. “Maldição” (88), um dos mais memoráveis filmes da história; “Satantango” (94), com seus 450 minutos de duração; e “Harmonias de Werckmeister” (00), que combina tristeza e melancolia, são, nesse sentido, perfeitos exemplos de filmes em que o diretor analisa questões existenciais e aborda fatos como a pobreza, a decadência e a falência moral. Em 2007, “O Homem de Londres”, baseado no livro de Georges Simenon, competiu no Festival de Cannes. Béla Tarr surpreendeu seus admiradores ao anunciar que deixaria de fazer filmes após seu último trabalho, “O Cavalo de Turim”, que lhe valeu o Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim. Béla Tarr é aclamado como um dos mais completos e inovadores diretores contemporâneos de cinema autoral.



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