Noites Brancas - Luchino Visconti + Marcello Mastroianni
Noites Brancas - Luchino Visconti
Postado em 8/12/2013
Le Notti Bianche - Itália/França - 1957
Direção - Luchino Visconti
Roteiro - Fyodor Dostoyevsky (romance), Suso Cecchi d'Amico e Luchino Visconti (roteiro).
Gênero - romance - drama
Duração - 97 minutos
Elenco - Maria Schell, Marcello Mastroianni, Jean Marais, Marcella Rovena.
Sinopse - Mario, um homem solitário encontra a bela Natalia chorando em uma ponte. Ao longo das noites, Natalia conta a Mario a história de sua paixão por um homem misterioso que hospedou-se na pensão de sua avó, e de como ele a deixou, um ano atrás, prometendo voltar. Encantado com a inocência da moça Mario se apaixona e tenta fazer com que ela esqueça o antigo namorado.
Curiosidades - Luchino Visconti recebeu o Leão de Prata no Festival de Veneza.
- Também conhecido pelo título de "Um Rosto na Noite".
Comentário - Visconti deixou o "Neo-Realismo" definitivamente ao filmar "Noites Brancas", e adaptou com maestria a obra de Dostoyevsky, trazendo a história para uma pequena cidade italiana nos anos 50. O filme retrata dois solitários que buscam a realização de seus sonhos idealizados em um grande amor. Com uma bela fotografia em preto-e-branco e magnífica trilha-sonora de Nino Rota, o filme conta ainda com a presença marcante do jovem Mastroianni e da bela Maria Schell que dá à sua personagem um toque angelical e terno.
Nota - 8,5
Marcello Mastroianni
O ator italiano mais conhecido mundialmente, Mastroianni era projetista durante a guerra, passou algum tempo em um campo de concentração alemão, fugiu e se escondeu em Veneza. Em Roma, após a libertação, entrou para um grupo de teatro amador e chamou a atenção de Visconti.
Ganhou a reputação de ator em ascensão na Itália, ficando mais conhecido em "Noites Brancas"(57), de Visconti. Mas foi como o jornalista cansado do mundo e moralmente falido de "A Doce Vida"(60), de Fellini, que ele ganhou fama.
Com mais de 140 filmes em 49 anos de carreira, colecionou prêmios pelo mundo todo, onde se destacam o Globo de Ouro por "Divórcio à Italiana" em 1963 e duas vezes eleito melhor ator no Festival de Cannes por "Ciúme à Italiana" em 1970 e por "Olhos Negros" em 1987.
Atuou com os diretores mais importantes do cinema italiano e mundial como Federico Fellini, Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni, Ettore Scola, Mario Monicelli, Marco Ferreri, Valerio Zurlini, Robert Altman, Irmãos Taviani, Agnes Vardá, Jacques Demy, Louis Malle, Theo Angelopoulus, Roman Polanski, Vittorio De Sica e Manoel de Oliveira. Chegou a filmar no Brasil, ao interpretar o turco Nacib no filme "Gabriela, Cravo e Canela"(83) de Fabio Barreto.
Sua rica filmografia é composta por filmes como: "Noites Brancas"(57); "Os Eternos Desconhecidos"(58); "A Lei dos Crápulas"(59); "A Doce Vida"(60); "O Belo Antonio"(60); "Ádua e Suas Companheiras"(60); "A Noite"(61); "Divórcio à Italiana"(61); "Vida Privada"(62); "Dois Destinos"(62); "Os Companheiros"(63); "Ontem, Hoje e Amanhã"(63); "8 1/2" (63); "Matrimônio à Italiana"(64); "O Estrangeiro"(67); "Ciúme à Italiana"(70); "Os Girassóis da Rússia"(70); "A Cadela"(72); "Quê?" (72); "A Comilança" (73); "Allonsanfan"(73); "Nós Que Nos Amávamos Tanto"(74); "Não Toque na Mulher Branca"(74); "Senhoras e Senhores Boa Noite"(76); "Esposamante"(77); "Um Dia Muito Especial"(77); "Um Homem em Estado Interessante"(77); "Ciao Maschio"(78); "O Terraço"(80); ""Cidade das Mulheres"(80); "A Pele"(81); "Casanova e a Revolução"(82); "As Duas Vida de Mattia Pascal"(85); "Ginger e Fred"(86); "O Apicultor"(86); "Entrevista"(87); "Olhos Negros"(87); "Splendor"(87); "Estamos Todos Bem"(90); "O Passo Suspenso da Cegonha"(91); "Prêt-à-Porter"(94); "Além das Nuvens"(95); "As Cento e Uma Noites"(95); "Três Vidas e Uma Só Morte"(96) "Páginas da Revolução"(96) e "Viagem ao Princípio do Mundo"(97).
Em 1996, descobriu o câncer de pâncreas, mas mesmo assim continuou trabalhando no qual seria seu último filme, "Viagem ao Princípio do Mundo", de Manoel de Oliveira, e nos intervalos deste filme gravou uma longa conversa sobre sua vida (Mi ricordo, sì… mi ricordo, direção de Annamaria Tatò, a sua última companheira) que é considerada por muitos o seu testamento espiritual.
O ator morreu aos 72 anos, em seu apartamento em Paris. Catherine Deneuve estava ao seu lado, junto com sua filha Chiara.
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