Ilha Nua - Kaneto Shindô + Biografia

Ilha Nua - Kaneto Shindô




Hadaka no Shima  -  Japão  -  1960

Direção - Kaneto Shindô

Roteiro - Kaneto Shindô

Gênero - drama

Duração - 94 minutos

Elenco - Nobuko Otowa, Taiji Tonoyama, Masanoki Horimoto, Shinji Tanaka.

Sinopse - Um casal e seus dois filhos vivem sozinhos em uma ilha árida a oeste do Japão enfrentando dificuldades no dia-a-dia, até que um acontecimento infortúnio muda a vida da família de forma drástica.

Curiosidades - Grande Prêmio no Festival Internacional de Cinema de Moscou em 1961, quando Shindô fez sua primeira viagem internacional e conseguiu vender o filme para 61 países.

Comentário - Shindô criou uma obra para se eternizar na história do cinema. Com um verdadeiro espetáculo imagético, ausência de diálogos, onde as expressões faciais dizem mais que qualquer palavra, e um uso primoroso da trilha-sonora. Retratando o sofrido cotidiano de uma família, o filme é uma poesia sobre a dor, sobre a vida, sobre a humanidade.

Nota - 10







Kaneto Shindô



Hiroshima - 22 de abril de 1912 - 29 de maio de 2012.

Aos 21 anos, se interessou em trabalhar no cinema e foi para Kyoto a procura de emprego. onde começou a estudar roteiros e dois anos depois mudou-se para Tóquio para trabalhar na produtora Shinkô Kinema.
Trabalhou como diretor de arte e depois como roteirista, até chegar a ser assistente de Kenji Mizoguchi em vários filmes.
Dirigiu seu primeiro filme em 1951, "História de Uma Amada Esposa", no ano seguinte alcançou sucesso internacional com "Filhos de Hiroshima", primeiro filme japonês a retratar as consequências da bomba atômica.
Entre 1953 e 1959, fez filmes retratando a pobreza e os sofrimentos das mulheres no Japão da época.
Em 1960, fez "A Ilha Nua" que foi sucesso de público e critica, já consagrado seguiram-se "O Homem" (1962), "A Mãe"(1963), "Onibaba, a Mulher Demônio"(1964) terror que explora a sexualidade humana e novamente fez sucesso internacional. Continuou explorando a sexualidade em "Paixão e Sangue"(1965) e "Lost Sex"(1966). Em 1968, outra grande obra, o terror "O Gato Preto" .
Seguiram-se "Viva Hoje, Morra Amanhã"(1970), "Coração"(1973), o documentário "Kenji Mizoguchi : A Vida de Um Diretor de Cinema"(1975) e "Quero Viver"(1999).
Dirigiu no total 48 filmes e escreveu 238 roteiros com destaque para "Hachiko Monogatari"(1987) que originou a famosa refilmagem "Sempre ao Seu Lado"(2009).
Em 2002 foi condecorado com a Ordem Imperial da Cultura do Japão. Morreu aos 100 anos de idade quando ainda estava em atividade.








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