Edificio Master - Eduardo Coutinho + Biografia
Edificio Master - Eduardo Coutinho
Postado em 16/8/2013
Edificio Master - Brasil - 2002
Direção - Eduardo Coutinho
Roteiro - Eduardo Coutinho
Gênero - documentário
Duração - 110 minutos
Elenco - Moradores do Edificio Master.
Sinopse - Durante sete dias, uma equipe de cinema filmou o cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 apartamentos conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.
Curiosidades - Melhor documentário no Festival de Gramado.
Comentário - Reconhecido como um dos melhores documentaristas do Brasil, Eduardo Coutinho nos mostra a intimidade de 37 moradores do edifício, suas histórias de vida, seus dramas e a vida humana existente em cada apartamento. Coutinho consegue tirar relatos íntimos de seus entrevistados, mostrando-os de maneira bastante crua e real. "Edificio Master" mais do que um documentário sobre o citado edifício, é um documentário sobre o ser humano.
Nota - 8,5
Eduardo Coutinho
Cursou Direito em São Paulo, mas não concluiu. Em 1954, aos 21 anos, teve seu primeiro contato com cinema no Seminário promovido pelo MASP, foi revisor na revista "Visão" (1954-57) e dirigiu, no teatro, uma montagem da peça infantil "Pluft, o Fantasminha". Ganhou um concurso de televisão respondendo perguntas sobre Charles Chaplin. Com o dinheiro do prêmio, foi para a França estudar direção e montagem no IDHEC, onde realizou seus primeiros documentários.
De volta ao Brasil em 1960, teve contato com o grupo do Cinema novo e integrou-se ao Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes. No núcleo dirigido por Chico de Assis, trabalhou na montagem da peça "Mutirão em Nosso Sol", apresentada no I Congresso dos Trabalhadores Agrícolas. Foi gerente de produção do primeiro filme produzido pelo CPC, o longa-metragem de episódios "Cinco Vezes Favela".
Escolhido para dirigir a segunda produção do CPC, começou a trabalhar num projeto de ficção baseado em fatos reais, reconstituindo o assassinato do líder das Ligas Camponesas João Pedro Teixeira, a ser interpretado pelos próprios camponeses do Engenho Cananéia, no interior de Pernambuco. O filme se chamaria "Cabra Marcado para Morrer", e chegou a ter duas semanas de filmagens, até o Golpe Militar de 1964. Parte da equipe foi presa sob a alegação de comunismo e o restante se dispersou, interrompendo a realização do filme por quase 20 anos.
Em 1966, Coutinho constituiu, com Leon Hirszman e Marcos Faria, a produtora Saga Filmes. Dirigiu um episódio do longa "ABC do Amor", foi diretor substituto em "O Homem que Comprou o Mundo" (68) e realizou uma adaptação de Shakespeare para o cangaço brasileiro, em que o personagem Falstaff tornou-se "Faustão" (70).
Em 1981, Coutinho reencontrou os negativos de "Cabra Marcado para Morrer", que haviam sido escondidos da polícia por um membro da equipe, e resolveu retomar o projeto. O filme ficou pronto em 1984 e ganhou 12 prêmios em festivais internacionais, no Rio de Janeiro, Havana, Paris, Berlim, Setúbal, etc.
A partir daí, tornou-se um dos maiores documentaristas do Brasil, realizando documentários de variados temas, sempre de maneira bastante humanista. Entre sua filmografia destacam-se: "O Fio da Memória"(91), "Santo Forte"(99), "Edifíco Master"(02), "Peões"(04), "O Fim e o Princípio"(05), "Jogo de Cena"(07), "Moscou"(09), "As Canções"(11) e "Últimas Conversas"(15).
Foi morto a facadas em seu apartamento, pelo próprio filho que sofria de esquizofrenia.
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