A Rainha Diaba - Antonio Carlos da Fontoura + Milton Gonçalves
A Rainha Diaba - Antonio Carlos da Fontoura
Postado em 14/3/2013
A Rainha Diaba - Brasil - 1974
Direção - Antonio Carlos da Fontoura
Roteiro - Plínio Marcos (estória), Antonio Carlos da Fontoura (roteiro).
Gênero - drama - policial
Duração - 100 minutos
Elenco - Milton Golçalves, Odete Lara, Nelson Xavier, Wilson Grey, Stepan Nercessian.
Sinopse - Lapa, Rio de Janeiro. Diaba, um homossexual, comanda de um dos quartos de um bordel uma quadrilha responsável pelo controle de vários "pontos" de venda de droga. Sabendo que um dos seus homens de confiança está para ser preso, Diaba "fabrica" um novo marginal, para depois entregá-lo a polícia. Ela encarrega Catitu, seu homem de confiança, de fazer isto. Catitu decide que o alvo será Bereco, um garotão cheio de si que é sustentado por Isa, uma cantora de cabaré. Catitu atrai Bereco para um série de crimes e faz dele um "perigoso bandido". Acontece que Bereco passa a acreditar nesta "fama". Diaba começa a ter seu poder diminuído quando Bereco pretende controlar a venda das drogas e Catitu, por sua vez, deseja aumentar seu poder.
Curiosidades - "A Rainha Diaba" é livremente inspirado na figura de Madame Satã, cuja vida foi levada ao cinema em "Madame Satã" (02).
- VIII Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, 1975, Candango de Melhor Ator para Milton Gonçalves; Prêmio de Melhor Fotografia para José Medeiros; Prêmio de Melhor Trilha Sonora para Guilherme Vaz.
Comentário - O filme mostra de maneira criativa e estilizada o submundo da criminalidade numa época em que isto era raro em nosso cinema. O figurino e a trilha-sonora contribuíram muito para esta estilização que mostra o ambiente gay em que vivia a Rainha Diaba. Milton Gonçalves ganhou vários prêmios devido à sua atuação que caracteriza um personagem afetado e agressivo. Nelson Xavier e Odete Lara também realizam atuações marcantes.
Nota - 7,5
Milton Gonçalves
Começou a carreira em São Paulo, por acaso. Em vez de ser o motorista da família para qual sua mãe trabalhou, Milton preferiu tentar a profissão de gráfico e, um dia, depois de assistir à peça "A Mão do Macaco", a convite do ator Egídio Écio, saiu maravilhado. Tratou de entrar logo para um clube de teatro amador, do qual passou para um grupo profissional. Um novo diretor carioca procurava um ator para fazer um preto velho na peça "Ratos e Homens". O diretor era Augusto Boal e, o grupo, o Teatro de Arena de São Paulo.
Estreou no cinema em 1958 no filme "O Grande Momento", onde iniciou uma carreira de mais de 50 filmes. Entre eles destacam-se : "Cinco Vezes Favela"(62); "Sonhando Com Milhões"(63); "Grande Sertão"(65); "Mineirinho Vivo ou Morto"(66); "Toda Donzela Tem um Pai Que é Uma Fera"(66); "O Homem Nú"(67); "Macunaíma"(69), "O Anjo Nasceu"(69); "Os Paqueras"(69); "É Simonal"(70); "A Rainha Diaba"(74); "Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia"(77); "O Sol dos Amantes"(79); "Eles Não Usam Black-Tie"(81); "Quilombo"(84); "O Beijo da Mulher Aranha"(84); "O Rei do Rio"(85); "Pedro Mico"(85); "Um Trem Para as Estrelas"(87); "Orquídea Selvagem"(87); "Luar Sobre Parador"(88); "Natal da Portela"(88); "O Homem Nú"(97); "O Que é Isso Companheiro?"(97); "O Dia da Caça"(99); "Orfeu"(99); "Bufo & Spallanzani"(01); "Carandiru"(03); "As Filhas do Vento"(05); "Quincas Berro D´Agua"(10), "Assalto ao Banco Central"(11) e "O Duelo"(15)
Militante do movimento negro, Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política, nos anos 90, ao candidatar-se a governador do estado do Rio de Janeiro, em 1994.
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