A Falecida - Leon Hirszman + Biografia

A Falecida - Leon Hirszman


Postado em 10/5/2013 

                               


A Falecida  -  Brasil  -  1965

Direção - Leon Hirszman

Roteiro - Nelson Rodrigues (peça), Eduardo Coutinho e Leon Hirszman (roteiro).

Gênero - drama

Duração - 90 minutos

Elenco - Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Ivan Cândido, Nelson Xavier, Hugo Carvana, José Wilker, Joel Barcellos.

Sinopse - Zulmira é uma mulher obcecada pela idéia da morte e deseja um enterro luxuoso - como compensação pela vida miserável do subúrbio carioca. Mesmo que o médico lhe garanta que está bem de saúde, ela acredita padecer de tuberculose e acaba contraindo a doença. Certa de que morrerá em breve, pede ao marido que procure o homem mais rico do bairro (de quem foi amante) para conseguir dinheiro para o funeral de seus sonhos.

Curiosidades  - Baseado na peça homônima de Nelson Rodrigues.
                     - O ator José Wilker faz sua estreia no cinema numa pequena ponta em que não foi creditada.

Comentário - O filme mostra de maneira compassiva, a degradação e alienação da classe média através de Zulmira, que sonha em ter um enterro cheio de pompas e que sua rival Glorinha presencie a tudo. Mais uma grande atuação de Fernanda Montenegro, numa sensível direção de Hirszman.

Nota - 7,5



                                                                                         





Leon Hirszman



   Leon Hirszman - Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1937 — Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1987.

Embora tenha tentado a engenharia como estudante, sua intimidade com as atividades cineclubisticas do Museu de Arte do Rio de Janeiro levaram Leon Hirszman à sua verdadeira vocação, a de fazer cinema. Depois de ser continuista e assistente de direção, iniciou a carreira dirigindo o episódio "Pedreira de São Diego" no filme "Cinco Vezes Favela" em 1962.
Um dos fundadores do Cinema Novo, dirigiu "A Falecida", baseado no texto de Nelson Rodrigues em 1965, tornando-se produtor em "Todas as Mulheres do Mundo"(66) e "Perpétuo Contra o Esquadrão da Morte"(67). Não abandonou, porém, a direção, e nesse período exerceu sua paixão pelos curtas-metragens, dirigindo ao longo de sua carreira muitos que se tornaram clássicos do gênero. "Maioria Absoluta"(64), "Nelson Cavaquinho"(69) e "Sexta-feira da Paixão, Sábado de Aleluia"(69) são dessa fase, bem como o episódio "Ligou Ligado", que acabou sendo cortado do filme "América do Sexo"(69). Nesse mesmo ano, escrevendo o roteiro com Vinicius de Morais, Glauber Rocha e Eduardo Coutinho, dirigiu "Garota de Ipanema".
Foi em 1972 que Leon dirigiu "São Bernardo", filme considerado por muitos criticos como o melhor da década. Recolhe-se outra vez aos curtas-metragens e faz "Ecologia"(73), "Megalópolis"(71) e duas séries, "Contos do Trabalho: Mutirão"(76), "Cacau e Cana-de-Açucar"(79) e "Imagens do Inconsciente"(77), "Em Busca do Espaço Quotidiano", "No Reino das Mães" e "A Barca do Sol", no Museu de Imagens Inconsciente, no Rio de Janeiro. Para a TV italiana dirigiu "Que País é Esse"(77), um documentário de longa-metragem; voltando em 1981 para ganhar o Leão de Ouro no Festival de Veneza com "Eles Não Usam Black-Tie".
Ao morrer deixou inacabado um documentário sobre as greves no ABC paulista, que foi finalizado pelo diretor de fotografia Adrian Cooper com o nome de "ABC da Greve", inciado em 1979. Leon morreu vítima de AIDS que ele contraiu durante uma transfusão de plasma sanguíneo, depois de quase um ano de tratamento.






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