A Cruz dos Anos - Leo McCarey + Biografia

A Cruz dos Anos  -  Leo McCarey





Make Way For Tomorrow  -  EUA  -  1937

Direção - Leo McCarey

Roteiro - Josephine Lawrence (romance), Leo Robin (poema), Helen Leary e Nolan Leary (peça), Viña Delmar (roteiro).

Gênero - drama

Duração - 91 minutos

Elenco - Victor Moore, Beulah Bondi, Thomas Mitchell, Fay Bainter, Barbara Read, Minna Gombell, Porter Hall.

Sinopse - Quando perde sua casa por não ter dinheiro para pagar os impostos, um casal de idosos são obrigados a se separarem e irem morar na casa de seus filhos, distantes a mais de 3 mil quilômetros um do outro. No dia que eles têm a oportunidade de se reencontrarem, resolvem refazer o roteiro da lua de mel, afinal pode ser a última vez em que ficam juntos.

Curiosidades  - Apesar de interpretarem pais bastante idosos, Victor Moore e Beulah Bondi tinham 61 e 49 anos respectivamente.
                          - Faz parte do acervo de 700 filmes produzidos pela Paramount que foram vendidos para a Universal em 1958 para a distribuição em televisão.
                          - Quando Leo McCarey recebeu o Oscar de melhor diretor em 1937 por "O Cúpido é Moleque Teimoso", ele declarou que recebeu pelo filme errado, numa clara referência a "A Cruz dos Anos".
                          - Leo McCarey foi demitido pelo chefão da Paramount Adolph Zukor por não aceitar em mudar o final do filme.
                          - Em 2010, foi selecionado para preservação pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos pela sua significância "cultural, histórica ou estética".
                          - Baseado no livro "The Years Are So Long" de Josephine Lawrence.


                                                   "Um filme que faria até as pedras chorarem" (Orson Welles).


Comentário - "A Cruz dos "Anos" pode ser considerado uma poesia em forma de filme. Com um roteiro excepcional onde se destacam diálogos e cenas marcantes e cativantes atuações, o filme é um tocante retrato sobre a velhice e suas consequências. Tudo é mostrado de maneira tão delicada e humana que é impossível ficarmos indiferentes perante ao drama do idoso casal. E a cena final é sem dúvidas, uma das mais belas já filmada na sétima arte.

Nota - 10







Leo McCarey


EUA - 03 de outubro de 1898 - 05 de julho de 1969.

Era advogado antes de se tornar assistente de Tod Browning, em 1920.
Passou um período de aprendizagem como faz-tudo antes de ir trabalhar com Hal Roach como diretor, escritor e supervisor de piadas. Juntou Laurel e Hardy (O Gordo e o Magro) e dirigiu quatro de seus curtas-metragens mudos.
Continuou fazendo sucesso em comédias absurdas com os Irmãos Marx, em "Diabo a Quatro"(1933), W.C. Fields, Harold Lloyd e Mae West em "Uma Dama do Outro Mundo"(1934). Seu filme "Vamos à América"(1935) com Charles Laughton foi um ponto culminante e, após isso, ganhou um Oscar por "Cupido é Moleque Teimoso"(1937), com Cary Grant e Irene Dune. Neste mesmo ano, realizou o que muitos consideram sua obra-prima, o drama "A Cruz dos Anos".
Venceu o Oscar por "O Bom Pastor"(1944) e sua continuação "Os Sinos de Santa Maria"(1945), ambos estrelado por Bing Crosby.
Humor e romance marcaram a estória e direção de "Duas Vidas"(1939), que ele refilmou em 1957 com o título de "Tarde Demais Para Esquecer".
Faleceu aos 70 anos, vítima de enfisema pulmonar.
 "Grandes Negócios"(1929), "Haroldo Tapa-Olho"(1936), "Era Uma Lua de Mel"(1942), "A Delicia de Um Dilema" (1958) e "Tentação Diabólica"(1962) são outros destaques de sua filmografia.







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