A Cor da Romã - Sergei Paradjanov + Biografia

A Cor da Romã - Sergei Paradjanov 


Postado em 24/1/2014 




Sayat Nova  -  União Soviética  -  1969

Direção - Sergei Paradjanov

Roteiro -  Sayat Nova (poemas), Sergei Paradjanov (escritor).

Gênero - drama

Duração - 79 minutos

Elenco - Sofiko Chiaureli, Melkon Alekyan, Vilen Galstyan, Giorgi Gegechkori.

Sinopse - A vida, a arte e as ideias do trovador armênio do século XVIII Harutyun Sayatyan, conhecido como Sayat Nova. Uma abordagem lírica de toda a trajetória do poeta, desde a infância até a morte, num mosteiro.

Curiosidades  - O filme foi censurado e remontado pelas autoridades soviéticas. Em 1973 o perseguido diretor Sergei Parajanov foi preso e só voltou a filmar na década de 1980.
                     - A versão lançada em dvd veio de uma cópia do filme encontrada na década de 1990. Ao que parece essa é a versão apresentada por Parajanov aos censores, mas que acabou rejeitada e reeditada.

"Os livros devem ser bem guardados e lidos, porque os livros são alma e vida. Sem os livros, o mundo não teria testemunhado nada, apenas a ignorância."


Comentário - Sem uma linearidade tradicional, o filme é um experiência sensorial movido à poesia e música trovadorista. Com imagens onde se destacam o magnífico uso das cores e as mensagens metafóricas, "A Cor da Romã" é uma experiência bastante diferente do que costumamos assistir no cinema.

Nota - 9



                                                                                       




Sergei Paradjanov



  Sergei Paradjanov - Geórgia - 09 janeiro de 1924 - 20 de julho de 1990.


Embora tenha começado a produzir  filmes em 1954, Parajanov  renegou todos os filmes que ele fez antes de 1964 como "lixo". Depois de dirigir "Sombras dos Antepassados ​​Esquecidos" (rebatizada" Wild Horses of Fire" para a maioria das distribuições estrangeiros) Parajanov tornou-se uma espécie de celebridade internacional e, simultaneamente, um alvo de ataques do sistema. Quase todos os seus projetos de filmes e planos de 1965-1973 foram proibidos, demolidos ou fechado pelas administrações de filmes soviéticos.
Seus filmes combinado com o seu estilo de vida e comportamento controverso, levou as autoridades soviéticas a persegui-lo repetidamente até prendê-lo em 1973, acusado de estupro, suborno e homossexualismo. Ficou preso até 1977, apesar de um grande número de pedidos de perdão de vários artistas. Mesmo depois de sua libertação, era considerado persona non grata no cinema soviético.
Só conseguiu voltar a filmar  na década de 80, e faleceu em 1990, vítima de câncer no pulmão, devido sua saúde ter sido seriamente enfraquecida por quatro anos em campos de trabalho e nove meses de prisão, em Tbilis.
Seus principais filmes são: "O Primeiro Rapaz"(59); "Rapsódia Ucraniana"(61); "Flor Sobre a Pedra"(62); "Sombras dos Nossos Antepassados"(65); "Hakob Hovnatanyan"(67); "A Cor da Romã"(68); "Arabescos Pirosmani"(85); "A Lenda da Fortaleza Suram"(86); "O Trovador Kerib"(88).






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