A Classe Operária vai ao Paraíso - Elio Petri + Biografia
A Classe Operária vai ao Paraíso - Elio Petri
Postado em 8/5/2013
La Classe Operaia va in Paradiso - Itália - 1971
Direção - Elio Petri
Roteiro - Elio Petri e Ugo Pirro.
Gênero - drama
Duração - 125 minutos
Elenco - Gian Maria Volontè, Mariangela Melato, Salvo Randone, Gino Pernice, Luigi Diberti.
Sinopse - Adorado por seus superiores por ser um trabalhador extremamente dedicado e odiado pelo mesmo motivo por seus colegas de trabalho, Lulu vive entregue aos sonhos de consumo da classe média, alienado em meio aos movimentos de protesto de sua classe, até que um acontecimento põe em xeque suas opiniões.
Curiosidades - Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Comentário - Um dos maiores clássicos do cinema político, o filme mostra a transformação de um operário, antes adorado pelos superiores que se transforma em um engajado protestante após sofrer um acidente. Considerado um dos mais importantes filmes de mensagem socialista, "A Classe Operária Vai ao Paraiso" conta com mais uma soberba atuação de Gian Maria Volonté.
Nota - 8,5
Elio Petri
Elio Petri - Roma, 29 de janeiro de 1929 — Roma, 10 de novembro de 1982.
Considerado um dos mestres do cinema político, Petri começou a carreira como co-roteirista de filmes de Giuseppe De Santis e, embora optasse em 1960 pela carreira de realizador, jamais deixaria de fornecer enredos para outros cineastas.
Aos 32 anos ele fez o seu primeiro filme, "A Assassina" (61), uma análise de crime psicológico, apesar de alguns problemas com a censura, fez relativo sucesso. O protagonista do filme é Marcello Mastroianni , que havia se tornado seu amigo durante as filmagens do filme de G. De Santis " "Dias de Amor". Em seu primeiro trabalho já contém os temas básicos de seus filmes: a neurose e poder. Em 1962 dirige seu segundo filme "Dias Contados".
Trabalhou com Alberto Sordi em "O Mestre de Vigevano"(63) e novamente com Mastroianni em "A Décima Vítima"(65). "A Ciascuno Il Suo" (67), adaptado de um romance de Leonardo Sciascia e estrelado por Gian Maria Volonté , Irene Papas e Gabriele Ferzetti. No filme emerge claramente um apetite para o cinema político que irá encontrar plena expressão na "trilogia do poder" da década de setenta.
Depois do filme "Um Lugar Calmo no País" (68), uma alegoria do papel do artista na sociedade contemporânea, e um episódio do filme militante "Documentos de Giuseppe Pinelli" (70), Petri realizou seu mais conhecido filme, "Investigação de um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita" , com Gian Maria Volonté em estado de graça no papel de um policial que mata a sua amante ( Florinda Bolkan), mas, apesar de sua confissão, não é punido por colegas interessados em defender reputação do aparelho. O filme, no entanto, recebe um grande consentimento do público e no ano seguinte ganhou o " Oscar de melhor filme estrangeiro.
A parceria com Volonté continua em "A Classe Operária Vai ao Paraíso" (71), sátira corrosiva sobre a vida na fábrica, que em 1972 ganha a Palma de Ouro em Cannes. A "trilogia da neurose", elaborado por Petri termina com uma alegoria sobre o dinheiro "Nâo Se Brinca com o Dinheiro" (73), com Ugo Tognazzi protagonista. "Todo Modo"(76) , que narra a decadência grotesca de uma classe dominante. O filme tem interpretações de Gian Maria Volonté, Marcello Mastroianni e Mariangela Spalato, e a música de Ennio Morricone.
"A Boa Noticia" (79), com Giancarlo Giannini e Angela Molina de protagonistas, é marcada por um pessimismo incurável e cheio de inclinações metafísicas. Em 1982 Petri está prestes a filmar com Mastroianni "Quem Acende a Grande Noite", mas doente, com câncer, morreu em 10 de novembro, com 53 anos.
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