Violeta Foi Para o Céu - Andrés Wood + Violeta Parra

Violeta Foi Para o Céu - Andrés Wood + Violeta Parra


Postado em 2/12/2012 




Violeta Se Fue a Los Cielos  -  Chile/Brasil/Argentina  -  2011

Direção - Andrés Wood

Roteiro - Eliseo Altunaga

Gênero - drama

Duração - 110 minutos

Elenco - Francisca Gavilán, Thomas Durand, Christian Quevedo, Gabriela Aguilera.

Sinopse - Um mergulho na vida de Violeta Parra, o maior nome da música chilena. Equivalente local à Édit Piaf para os franceses. A cinebiografia conta a história de mais um artista incompreendido, que quis a todo custo espalhar e ensinar sua arte. Uma mulher que teve tudo o que quis, de amantes mais jovens ao reconhecimento de mineiros e políticos chilenos, passando pela burguesia cultural francesa, tudo foi alcançado por uma mulher insatisfeita por natureza e voluntariosa ao extremo.

Curiosidades  - Baseado no romance homônimo de Ángel Parra, filho de Violeta Parra.
                     - Prêmio do Grande Júri no Festival Sundance.
                     - Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo Chile.

Comentário - Com uma narrativa fragmentada, o filme mostra a vida de Violeta Parra de maneira emotiva, mostrando não só seu lado de artista, mas também seu lado humano. A atuação de Francisca Gavilán é soberba, beira à perfeição.

Nota - 8


           
                  





Violeta Parra



  Violeta del Carmen Parra Sandoval  -  San Carlos, 4 de outubro de 1917 — Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967.

Nasceu em San Carlos, província de Ñuble. Realizou seus estudos escolares até o segundo ano do secundário, abandonando-os em 1934, para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos, desenvolvendo uma importante carreira musical, como autodidata, a partir dos 9 anos.
Em 1952 começou a pesquisar as raízes folclóricas chilenas e compôs os primeiros temas musicais que a fariam famosa. Em 1954, quando já tinha o seu próprio programa de rádio, começou um rigoroso estudo das manifestações artísticas populares. Durante o ano de 1955 visitou a União Soviética, Londres e Paris, cidade onde residiu por dois anos.
Em 1957 radicou-se em Concepción, voltando a Santiago no ano seguinte para começar sua produção plástica. Percorreu todo o país, recompilando e difundindo informações sobre o folclore. Em 1961, mudou-se para a Argentina, onde fez grande sucesso com suas apresentações. Voltou a Paris e ali permaneceu por três anos, percorrendo várias cidades da Europa, destacando-se suas visitas a Genebra. Em 1965 voltou ao Chile, viajou para a Bolívia e, ao regressar a seu país, instalou uma grande tenda na comuna de La Reina, com o plano de convertê-la em um centro de referência para a cultura folclórica do Chile, juntamente com os filhos, Ángel e Isabel, e os folcloristas Patricio Manns, Rolando Alarcón e Víctor Jara, entre outros. No entanto, a iniciativa não obteve sucesso.
Violeta Parra pode ser considerada a mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados, tendo sido autora de páginas inapagáveis, como a canção "Volver a los 17", que mereceu uma antológica gravação de Milton Nascimento e Mercedes Sosa. Outra de suas canções, "La Carta", cantada em momentos de enorme comoção revolucionária, nas barricadas e nas ocupações, tem entre os seus versos o que diz "Os famintos pedem pão; chumbo lhes dá a polícia". Mas suas canções não apenas são marcadas por versos demolidores contra toda a injustiça social. O lirismo dos versos de canções como "Gracias a la Vida" embalou o ânimo de gerações de revolucionários latino-americanos em momentos em que a vida era questionada nos seus limites mais básicos.
Emocionalmente abatida pelo fracasso do empreendimento e pelo dramático final de um relacionamento amoroso, Violeta Parra suicidou-se em 5 de fevereiro de 1967, na tenda de La Reina.




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