O Discreto Charme da Burguesia - Luis Buñuel + Fernando Rey
O Discreto Charme da Burguesia - Luis Buñuel
Postado em 25/4/2012
Le Charme Discret de la Bourgeoisie - Espanha/França/Itália - 1972
Direção - Luis Buñuel
Roteiro - Luis Buñuel, Jean-Claude Carrière.
Gênero - comédia - drama
Duração - 100 minutos
Elenco - Fernando Rey, Delphine Seyrig, Stéphane Audran, Jean-Pierre Cassel, Michel Piccoli.
Sinopse - Em mais uma de suas travessuras surrealistas extremamente críticas, o espanhol Luis Buñuel conta a história de seis burgueses que se reúnem para um jantar, mas que, devido a estranhos acontecimentos, são impedidos.
Curiosidades - Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1972.
- Quando foi exibido no Brasil, a censura cortou uma frase numa cena em que um dos militares oferece maconha durante o jantar, deixaram apenas a resposta: "Então é por isso que no Vietnã bombardearam tantos lugares errados!".
Comentário - No mais puro estilo surrealista de Buñuel, o filme é uma divertida e inteligente crítica à burguesia francesa, à política e é claro, à igreja. Em três sequências, Buñuel mostra os seis burgueses caminhando lado a lado, numa alusão de que a burguesia sempre caminhará e nunca deixará de existir. O elenco de grandes atores europeus é outro ponto de destaque do filme.
Nota - 9,5
Fernando Rey
Filho de um oficial do exército republicano, estudou arquitetura em Madri e lutou na guerra civil espanhola antes de esbarrar na profissão de ator figurante em um filme, e mais tarde dublar filmes em inglês para o espanhol. Sua especialidade eram as vozes de Tyrone Power e Laurence Olivier. Visto por Luis Buñuel no filme mexicano "Sonatas"(59), foi chamado para fazer o papel do tio traiçoeiro em "Viridiana"(61), considerado o melhor filme em Cannes, mas proibido na Espanha. Mais tarde, Ray e Buñuel trabalharam juntos em mais três longas de destaque: "Tristana"(70), "O Discreto Charme da Burguesia"(72) e "Esse Obscuro Objeto de Desejo"(77).
Como ator espanhol de maior evidência, apareceu em inúmeros filmes estrangeiros, o mais famoso deles "Operação França"(71) e sua sequência, em que faz o papel de um traficante de drogas. Por sua atuação complexa como um biógrafo recluso em "Elisa, Minha Vida"(77), de Carlos Saura, ganhou o prêmio de melhor ator em Cannes. Atuou em mais de 200 filmes, onde se destacam também: "Marcelino Pão e Vinho"(55), "Caninos Brancos"(73), "Pasqualino Sete Belezas"(75), "O Deserto dos Tártaros"(76), "Quinteto"(79), "A Dama das Camélias"(81), "Luar Sobre Parador"(88) e "1942 - A Conquista do Paraiso"(92). Faleceu vítima de câncer de próstata aos 76 anos.
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