O Cristo Proibido - Curzio Malaparte + Biografia

O Cristo Proibido - Curzio Malaparte 


Postado em 31/7/2012 

                               


IL Cristo Proibito  -  Itália  -  1951

Direção - Curzio Malaparte

Roteiro - Curzio Malaparte

Gênero - drama

Duração - 100 minutos

Elenco - Raf Vallone, Rina Morelli, Alain Cuny, Anna-Maria Ferrero, Elena Varzi.

Sinopse - Após a Segunda Guerra Mundial, o antigo prisioneiro de guerra dos russos Bruno Baldi retorna para sua pequena cidade na Toscana com a intenção de vingar a morte de seu irmão Giulio, que foi traído por um aldeão e fuzilado pelos alemães. Entretanto, nem sua família nem seus amigos revelam o nome do culpado, por estarem cansados do banho de sangue na cidade.

Curiosidades  - Único filme dirigido por Curzio Malaparte.
                     - Há um culto a "O Cristo Proibido". Uma de suas oficiantes era a crítica norte-americana Pauline Kael, que gostava de comparar o filme de Malaparte, de 1951, a "Desajuste Social" , que Pier Paolo Pasolini realizou dez anos mais tarde.

Comentário - Um emocionante filme anti-bélico que trata da culpa e da vingança. Com uma marcante fotografia em  preto-e-branco, Malaparte mostra o desejo de vingança de um combatente que teve seu irmão morto devido à uma traição. Excelentes atuações e diálogos de alto teor reflexivo marcam esta obra única de um dos nomes mais importantes da literatura italiana.

Nota - 9




                                                                                               




Curzio Malaparte



  Kurt Erich Suckert  -  Prato, Toscana - 9 de junho de 1898 – 19 de julho de 1957.

Foi um escritor, jornalista, dramaturgo, cineasta, militar e diplomata italiano. O sobrenome de seu pseudônimo  (usado desde 1925), significa em italiano "parte má", sendo um trocadilho com o nome de família de Napoleão Bonaparte - que significa, em italiano, "parte boa".
Estudou no Collegio Cicognini e na Universidade La Sapienza de Roma. Em 1918, começou sua carreira como jornalista. Lutou na Primeira Guerra Mundial, ganhando o título de capitão no Quinto Regimento Alpino, além de várias condecorações por valor. Em 1922, tomou parte na Marcha sobre Roma de Benito Mussolini. Em 1924, ele fundou o periódico romano "La Conquista dello Stato". Como membro do Partido Nacional Fascista, fundou vários periódicos e contribuiu com ensaios e artigos para outros. Também escreveu vários livros a partir de 1920, além de dirigir dois jornais metropolitanos.
Sua polêmica obra sobre guerra "Viva Caporetto!", meio ensaio e meio romance de 1921, acusava a corrupta Roma e as classes altas italianas de serem os reais inimigos. A publicação do livro foi proibida, pois ofendia o Regio Exercito. Em "Tecnica del Colpo di Stato", de 1931, Malaparte atacou tanto Adolf Hitler quanto Mussolini. Consequentemente, sua filiação ao Partido Nacional Fascista foi revogada e ele ficou em exílio interno na ilha de Lipari entre 1933 e 1938.
Ele foi livre devido à intercessão de Galeazzo Ciano, genro e provável sucessor de Mussolini. Apesar disto, o regime de Mussolini deteve Malaparte também em 1938, 1939, 1941, e 1943, e o prendeu no mal afamado presídio romano de Regina Coeli. Durante suas detenções, construiu a Casa Malaparte na ilha de Capri. A casa foi uma locação chave no filme "O Desprezo", de Jean-Luc Godard. Em 1951, realizou sua única obra no cinema, dirigindo "O Cristo Proibido". Em 1981, a diretora Liliana Cavani dirigiu "A Pele", baseado em sua homônima obra literária.




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