O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante - Peter Greenaway + Biografia
O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante - Peter Greenaway
Postado em 20/8/2012
The Cook the Thief His Wife & Her Lover - Reino Unido/França/Holanda - 1989
Direção - Peter Greenaway
Roteiro - Peter Greenaway
Gênero - drama - comédia
Duração - 124 minutos
Elenco - Tim Roth, Helen Mirren, Michael Gambon, Richard Bohringer.
Sinopse - O gângster Albert Spica janta todas as noites no restaurante Le Hollandais em companhia de seus capangas e de Georgina, sua esposa. Cansada dos modos violentos e grosseiros do marido, ela flerta com o bibliotecário Michael, um solitário freqüentador do restaurante. Enquanto Albert devora prato após prato em sua mesa, os dois amantes fazem sexo às escondidas no banheiro e na dispensa do restaurante, com a cumplicidade do chefe de cozinha francês, Richard. Quando Albert descobre a traição da esposa, desfecha uma cruel vingança contra Michael, que por sua vez será vingado por Georgina.
Curiosidades - Greenaway explicou o uso das côres no cenário da seguinte maneira: “A cozinha é verde porque representa a floresta de onde vem todo o alimento; o restaurante é vermelho por ser onde toda a violência ocorre; o banheiro, onde os amantes fazem amor pela primeira vez, é como o paraíso, e como tal ele tinha de ser branco; tem uma breve seqüência no hospital que é iluminada com amarelo porque para mim é a cor das crianças, dos ovos, dos recém-nascidos; e finalmente a cor da biblioteca que é ouro, representando ‘a época dourada do aprendizado’, o idílico tempo em que tudo no Jardim do Éden era maravilhoso”.
Comentário - Violência, sexo, traição, canibalismo, vingança, escatologia, nudez... tudo isso com imagens que são verdadeiras obras de arte, onde o uso das cores no cenário tem todo um simbolismo, além de realçar a beleza da fotografia. O figurino de Galtier é outro destaque desse polêmico e contestador filme.
Nota - 8,5
Peter Greenaway
Considerado um dos cineastas britânicos mais originais e controversos, formou-se pintor pelo Walthamstow Art College e seu trabalho no cinema começou logo depois, montando vários documentários durante os 11 anos seguintes. O final dos anos 60 testemunhou o início de seus experimentos e parte desse trabalho, com outros dos anos 70, atraíram a aprovação e prêmios em vários festivais de cinema. Seu primeiro longa-metragem, o falso documentário "The Falls"(80), mostrou o surgimento de uma nova e poderosa força. O aclamado "O Contrato do Desenhista"(82), melhor justificou sua importância como diretor, lançando-o internacionalmente.
Seus filmes são caracterizados por cenários e fotografias suntuosas, trilhas excitantes, detalhes escatológicos e enredos perversos. A maioria de seus trabalhos são frios, embora inovadores. Seu melhor filme, é o suspense sombrio "O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante"(89) e sua brutal parábola "O Bebê Santo de Macon"(93), foi atacada violentamente e sua exibição foi suspensa logo após o lançamento.
"Um Z e Dois Zeros"(85), "A Barriga do Arquiteto"(87), "Afogando em Numeros"(88), "A Última Tempestade"(91), "O Livro de Cabeceira"(96), "8 Mulheres e 1/2"(99), "A Ronda da Noite"(07) e "Que Viva Eisenstein! - 10 Dias que Abalaram o México"(15) são outros destaques de sua filmografia.
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