O Conformista - Bernardo Bertolucci + Jean-Louis Trintignant
O Conformista - Bernardo Bertolucci
Postado em 23/8/2012
IL Conformista - Itália/Alemanha/França - 1970
Direção - Bernardo Bertolucci
Roteiro - Alberto Moravia (romance), Bernardo Bertolucci (roteiro).
Gênero - drama - suspense
Duração - 115 minutos
Elenco - Jean-Louis Trintignant, Stefania Sandrelli, Dominique Sanda, Gastone Moschin.
Sinopse - Marcello Clerici quer ser apenas uma pessoa normal. Esse desejo foi se transformando em obsessão ao longo de uma vida enfadonha e burguesa, a qual nos é apresentada por meio de flashbacks, extraídos da mente do protagonista. Na realidade, Marcello é a efígie de uma geração narcotizada pelo fascismo de Mussolini, no fim dos anos 30. Contudo, isso não explica sua busca desenfreada pela normalidade. As lembranças, que vão sendo pouco a pouco reveladas, tentam esboçar o perfil psicológico do rapaz.
Curiosidades - Adaptado do livro de Alberto Moravia.
Comentário - Um dos grandes filmes de Bertolucci, mostra de maneira bastante realista a época do fascismo e o amadurecimento de um indivíduo com a influência do sexo e da violência em sua formação. Usando metáforas e imagens simbólicas, o diretor cria um clima psicológico e de tensão. A fotografia de Vittorio Storaro é uma das mais belas do cinema,com o equilibrio das cores quentes e frias e a predominância do branco em algumas cenas e a trilha-sonora de tom nostálgico e belo.
Nota - 9
Jean-Louis Trintignant
Filho de uma famoso piloto de corridas, formou-se advogado e entrou para o cinema via teatro. Nos anos 60 e 70 participou de diversos filmes europeus importantes, inclusive "E Deus Criou a Mulher"(56), onde tornou-se um astro ao compartilhar o clima erótico criado por Roger Vadim, ao lado de Brigitte Bardot, com quem teve um caso bastante explorado pela mídia. Em seguida veio "As Ligações Amorosas"(59) de Vadim, mas ele esteve mais confiante em "Crime no Carro Dormitório"(65) de Costa-Gavras e em "Paris Está em Chamas?"(66), de Rene Clement. "Z"(69) de Gavras, mostrou-o em ação na política, mas seu maior papel foi o de fascista mentiroso em "O Conformista"(71), de Bertolucci.
Considerado timido, intelectual e melancólico, Trintignant atuou em mais de 130 filmes na França e Itália e trabalhou com diretores consagrados como Bernardo Bertolucci, Costa-Gavras, Claude Chabrol, Dino Risi, Eric Rohmer, Abel Gance, René Clement, Ettore Scola, Valério Zurlini, François Truffaut e Kieslowski.
Atingiu o auge da popularidade em "Um Homem, Uma Mulher"(66) de Claude Lelouch, onde contracena com a sofisticada Anouk Aimée. Atuou em alguns dos filmes mais importantes do cinema europeu como "Verão Violento"(59), "Aquele que Sabe Viver"(62), "As Corças"(68), "Minha Noite com Ela"(69), "Os Violinos do Baile"(74), "O Deserto dos Tártaros"(76), "O Terraço"(80), "Casanova e a Revolução"(82), "De Repente Num Domingo"(83), "Paixão de Amor"(81), "Rendez-Vous"(85) e "A Fraternidade é Vermelha"(94). Ganhou destaque no filme de Michael Haneke "Amour"(12), em que contracena com Emmanuelle Riva e Isabelle Huppert. Seus trabalhos mais recentes são "Happy End"(17), também dirigido por Haneke e "Os Melhores Anos de Uma Vida"(19) dirigido por Claude Lelouch.
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