Matou a Familia e Foi ao Cinema - Júlio Bressane + Biografia
Matou a Familia e Foi ao Cinema - Júlio Bressane
Postado em 29/7/2012
Matou a Família e Foi ao Cinema - Brasil - 1969
Direção - Julio Bressane
Roteiro - Júlio Bressane
Gênero - drama
Duração - 78 minutos
Elenco - Márcia Rodrigues, Renata Sorrah, Vanda Lacerda, Rodolfo Arena, Guará Rodrigues, Maria Gladys, Lilian Lemmertz.
Sinopse - Um rapaz de classe média baixa carioca mata os pais a navalhadas e vai ao cinema ver Perdidos de Amor. Márcia, uma jovem rica e insatisfeita, aproveita uma viagem do marido para ir à casa de Petrópolis, onde recebe a visita de uma velha amiga, Regina. Intercaladas com as cenas entre elas, que dançam, conversam sobre homens e se acariciam, aparecem pequenas histórias autônomas de assassinatos no interior de famílias pobres. Entre essas crônicas familiares, uma história destoa: a do preso político torturado até a morte.
Curiosidades - Teve uma refilmagem com o mesmo título em 1991, dirigido por Neville d\'Almeida.
Comentário - Um dos clássicos do 'cinema marginal", "Matou a Família e Foi ao Cinema" é um filme que mostra a violência de várias maneiras, com humor sarcástico e irônico, em pleno regime militar. O filme é realizado no estilo da "estética do lixo\', o que pode passar para os mais leigos, uma certa precariedade técnica. O uso constante da música, é outro ponto interessante do filme.
Nota - 8
Julio Bressane
Começou a fazer cinema como assistente de direção de Walter Lima Júnior, em 1965. Em 1967, dirigiu seu primeiro filme "Cara a Cara", sendo selecionado para o Festival de Brasília. Em 1970 fundou a Belair Filmes em sociedade com Rogério Sganzerla. Eles optaram por um modelo de realizar filmes de baixo custo e produção e com isso conseguiram rodar seis longas-metragens em apenas seis meses, dando início ao "Cinema Marginal".
Em 1970, foi convocado pelo regime militar para interrogatório, tendo recebido ameaça de prisão devido a um suposto vínculo com o líder da esquerda Carlos Maringuela. Se exilou em Londres, mas voltou ao Brasil alguns anos depois e fez um filme atrás do outro, usando a chanchada e o deboche como suas principais características.
Filmografia:
"Beduíno"(16), "Garoto"(15), "Educação Sentimental"(13), "Rua Aperana 52"(12), "A Erva do Rato"(08),"Cleópatra"(07),"Filme de Amor"(03),"Dias de Nietzsche em Turim"(02),"São Jerônimo"(99),"Miramar"(97),"O Mandarim"(95),"Oswaldianas"(92),"Os Sermões - A História de Antônio Vieira"(89),"Brás Cubas"(85),"Tabu"(82),"Cinema Inocente"(79),"O Gigante da América"(78),"Viola Chinesa"(77),"A Agonia"(77),"O Monstro Caraíba"(75),"O Rei do Baralho"(73),"Lágrima Pantera"(72),"Memórias de um Estrangulador de Loiras"(71),"Amor Louco"(71),"A Fada do Oriente"(71)"Cuidado, Madame"(70),"Barão Olavo, o Horrível"(70), "A Família do Barulho"(70),"Matou a Família e Foi ao Cinema"(69),"O Anjo Nasceu"(69), "Cara a Cara"(67).
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