Masculino, Feminino - Jean-Luc Godard + Biografia
Masculino, Feminino - Jean-Luc Godard
Postado em 28/2/2013
Masculin Féminin: 15 Faits Précis - França/Suécia - 1966
Direção - Jean-Luc Godard
Roteiro - Guy de Maupassant (estórias), Jean-Luc Godard (roteiro).
Gênero - drama
Duração - 110 minutos
Elenco - Jean-Pierre Léaud, Chantal Goya, Catherine Isabelle Duport, Marlene Jobert, Brigitte Bardot.
Sinopse - Paul é jovem, acaba de sair do serviço militar francês e está desiludido com a vida. Enquanto sua namorada constrói uma carreira como cantora pop, Paul fica mais isolado de seus amigos e de sua vida social. O filme mostra também, de um modo singelo, a revolta dos jovens com a guerra do Vietnã.
Curiosidades - Prêmio de melhor filme para jovens no Festival de Berlim.
- Urso de Prata de melhor ator para Jean-Pierre Léaud.
Comentário - Um divertido estudo sobre a juventude francesa dos anos 60, onde Godard mostra diálogos em formato de entrevistas. Mostra o vazio existencial dos personagens e seus isolamentos. Léaud realiza uma atuação carismática e competente.
Nota - 8,5
Jean-Luc Godard
Segundo de quatro filhos de uma família burguesa franco-suiça, o pai era médico, a mãe herdeira de banqueiros. Apareceu em curtas de Jacques Rivette e Eric Rohmer, fez alguns curtas e escreveu para o "Cahiers du Cinema" antes de fazer seu longa-metragem de estréia, "Acossado"(60), filme que prestava homenagem ao cinema popular americano e implodia, com ferramentas inovadoras de montagem, a narrativa linear e a estética clássica. "O Pequeno Soldado"(60), tratava da brutalidade presente nos dois lados da guerra da Argélia e era estrelado por Anna Karina, com quem Godard se casou e se divorciou, após fazer oito de seus filmes mais acessíveis.
"Viver a Vida"(62) usa o recurso brechtiano de episódios, em tom de documentário. A cor tem efeito simbólico em "O Demônio das 11 Horas"(65), forte estudo sobre a violência e dos relacionamentos. "Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela"(67), refere-se a Paris, sua fiel inspiração, e "Weekend à Francesa"(67) é crítica à sociedade moderna.
Afastou-se do cinema comercial para filmar uma série de manifestos em 16mm e video, mas retomou gêneros mais acessíveis com "Tudo Vai Bem"(72). Nos anos 80, amadurecido, seus filmes se tornaram ensaios contemplativos sobre questões contemporâneas, desafiando o público a pensar de forma diferente.
Em sua filmografia ainda se destacam: "Uma Mulher é Uma Mulher"(61), "O Desprezo"(63), "Band à Part"(64), "Uma Mulher Casada"(64), "Alphaville"(65), "Made in USA"(66), "Duas ou Três Coisas que Eu Sei Dela"(67), "A Chinesa"(67), "Carmen de Godard"(83), "Je Vous Salue Marie"(85), "Rei Lear"(87), "Nouvelle Vague"(90), "Infelizmente Para Mim"(93), "Para Sempre Mozart"(96), "Nossa Música"(04), "Film Socialism"(10) e "Adeus à Linguagem"(14).
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