A Harpa da Birmânia - Kon Ichikawa + Biografia
A Harpa da Birmânia - Kon Ichikawa
Postado em 29/5/2012
Biruma no Tategoto - Japão - 1956
Direção - Kon Ichikawa
Roteiro - Michio Takeyama (romance), Natto Wada (roteiro).
Gênero - guerra - drama
Duração - 116 minutos
Elenco - Rentaro Mikuni, Shôji Yasul, Jun Hamamura, Takeoshi Naitô.
Sinopse - Após a Segunda Guerra Mundial, alguns japoneses não acreditaram que o país deles a perdeu e continuaram a lutar mesmo depois do cessar-fogo. Assim, uma tropa, liderada por um capitão apaixonado por música, e que ensinou seus comandados a cantar, entrega as armas para os ingleses já quase na fronteira com a Tailândia depois de terem notícias do fim da guerra. À um dos soldados, o harpista, é delegado uma tarefa inglória: subir até uma montanha nas redondezas e convencer os demais soldados a abandonarem os postos e se entregarem.
Curiosidades - O próprio diretor faria mais tarde um remake, em cores, de A Harpa da Birmânia, mas, ainda que mais ocidentalizado, não obteve a mesma repercussão do filme original.
- Indicado ao Oscar de filme estrangeiro.
Comentário - Considerado uma obra-prima do cinema antibélico, "A Harpa da Birmânia" é um filme sensível e impressionante. Ichikawa usa a música e uma fotografia contrastada para mostrar os horrores da guerra e a esperança de uma renovação espiritual. Momentos marcantes como a cena em que os inimigos se aproximam em paz cantando a mesma canção, ou a em que o monge encontra uma pilha de corpos e os enterra, são frequentes neste comovente filme.
Nota - 9
Kon Ichikawa
Nascido em 1915 no oeste do Japão, Ichikawa fez estudos comerciais em Osaka, mas desde jovem era fascinado pelos shows de marionetes e desenhos animados e, a partir de 1933, passou a fazer parte do departamento de animação de J.O. Studios, em Quioto.
Ele estreou em 1948 como diretor de cinema e, em 1956, dirigiu o épico antiguerra "A Harpa da Birmânia" .Ele voltaria ao tema da guerra em "Fogos na Planície",(59), em que tentou se aproximar mais ainda dos horrores de um conflito, ao criar cenas de excessiva atrocidade, com necrofagia, mutilações e canibalismo. No ano seguinte, ele dirigiu o erótico "Estranha Obsessão" e recebeu do prêmio do júri no Festival de cinema de Cannes pelo filme "Kagi". Em 1964, Ichikawa fez o documentário "Olimpíadas de Tóquio", um olhar sobre os bastidores dos Jogos Olímpicos de 1964.
Outros destaques de sua filmografia são: "Enjo"(58), sobre um homem que incendeia um templo que considera poluído; "Alucinação Sensual"(59), e "A Vingança do Ator"(63). Kon Ichikawa morreu aos 92 anos, vítima de pneumonia em um hospital de Tóquio.
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