Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro - José Padilha

Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro - José Padilha


Postado em 30/3/2012 




Tropa de Elite 2  -  Brasil  -  2010

Direção - José Padilha

Roteiro - José Padilha e Bruno Mantovani (argumento e roteiro), Rodrigo Pimentel (argumento).

Gênero - policial - drama

Duração - 116 minutos

Elenco - Wagner Moura, Milhem Cortaz, Seu Jorge, Tainá Muller, Maria Ribeiro, André Ramiro, Irandhir Santos.

Sinopse - Nascimento, agora coronel, foi afastado do BOPE por conta de uma mal sucedida operação. Desta forma, ele vai parar na inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Contudo, ele descobre que o sistema que tanto combate é mais podre do que imagina e que o buraco é bem mais embaixo. Seus problemas só aumentam, porque o filho Rafael tornou-se adolescente, Rosane não é mais sua esposa e seu arqui inimigo Fraga ocupa posição de destaque no seio de sua família.

Curiosidades  - O treinamento contou com profissionais treinados pelo Centro Avançado em Técnicas e Imobilização, liderados pelo ex-capitão do BOPE Paulo Storani.
                     - Wagner Moura e Pedro Van Held tiveram um treinamento especial com o lutador de jiu jitsu Rickson Gracie.
                     - Ao rodar uma das cenas de luta, Van Held levou um golpe de Moura e desmaiou durante as filmagens.
                     - Moura dispensou o dublê para realizar a cena em que seu personagem dá um cavalo de pau. A manobra foi feita corretamente somente na terceira tentativa.
                     - Antes da realização desta cena, o ator teve um intenso treinamento no Autódromo de Jacarepaguá, sob a supervisão de Keith Woulard.
                     - A sequência foi gravada durante duas madrugadas, em Niterói. Como precisava de iluminação forte, a produção trocou as lâmpadas de 20 postes, além de contar com a ajuda de um refletor instalado a 30 metros de altura.
                     - Para a cena da invasão do morro Santa Marta foram usados 100 figurantes, três camburões, um caveirão e dois helicópteros. A cena foi tão realista que muitos dos moradores acreditara tratar-se de uma ação do BOPE.
                     - O prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foi usado como locação por quatro dias. Ao todo, trabalharam por lá 450 pessoas, entre elas 300 figurantes.
                     - A produção pretendia usar o gabinete do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, como locação, mas o pedido não foi atendido. Desta forma, foram tiradas fotos do local, que foi recriado em estúdio. O fato também ocorreu com a sala do setor de inteligência da Secretaria, usada no gerenciamento de crises.
                     -  O Complexo Penitenciário de Bangu foi recriado em um estúdio de 500 metros quadrados, em Jacarepaguá. Para erguê-lo foram necessários 700 kg de pregos, 9 toneladas de ferro, 275 mil metros quadrados de compensado e 15 toneladas de cimento.
                     - Todos os carros utilizados nas filmagens foram comprados pela produção. Entre eles estava uma Blazer branca, placa LCS 2936, que nos oito meses anteriores já tinha histórico de 18 infrações por excesso de velocidade. O total das multas pendentes, que não foram pagas pela produção, era de R$ 1.700.
                     -  O cantor Dudu Nobre alugou várias armas de sua coleção particular para a produção. Ele também teve uma pequena ponta no filme, como um dos integrantes do BOPE em uma cena de invasão à favela.
                     - Para as tomadas aéreas foi utilizado um helicóptero Hueu-II, pertencente à Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE).
                     - Para evitar que o filme fosse pirateado antes de chegar aos cinemas, o diretor José Padilha e o produtor Marcos Prado realizaram uma operação de guerra durante a edição. A edição final foi realizada em um computador sem acesso a internet, em um local cuja entrada era permitida apenas com cartão criptografado. Apenas quatro pessoas possuíam este cartão.
                     - Lançado em 661 salas de cinema em todo o país. Trata-se do maior lançamento de um filme brasileiro até então.
                     - Tornou-se o filme mais visto da história do cinema brasileiro, com 11 milhões espectadores - marca que não era superada desde 1976, quando o filme "Dona Flor e Seus Dois Maridos" obteve 10,73 milhões.


Comentário - Nos dias de hoje alguma coisa de qualidade fazer sucesso de público é uma raridade e só isso já seria suficiente para o filme ser assistido. Mas, "Tropa de Elite 2" é tecnicamente muito bem realizado com uso de narração em off, câmera lenta, flashbacks e zoom, além de bela fotografia e trilha-sonora de qualidade. Junta-se a isso, o amadurecimento do diretor, e de Wagner Moura que está ainda melhor do que em "Tropa de Elite". O filme mostra a continuação do filme anterior, com o surgimento das milícias nos morros e o envolvimento dos políticos na criminalidade. As cenas de ação continuam presentes, fazendo do filme além de uma reflexão social, um divertimento de qualidade.

Nota - 9
                           








Trilha Sonora do Filme


Faixas    

  1. Os Paralamas do Sucesso – "O Calibre"
  2. Tihuana – "Tropa de Elite"
  3. Pedro Bromfman – Instrumental 1
  4. Legião Urbana – "Que País É Este"
  5. O Rappa – "Tribunal de Rua"
  6. Pedro Bromfman – Instrumental 2
  7. Marcelo D2 – "Candidato Caô Caô"
  8. Zeca Pagodinho – "Quem É Ela?"
  9. Pedro Bromfman – Instrumental 3
  10. Tihuana – "Comboio do Terror"
  11. MC Leonardo e MC Júnior – "Tá Tudo Errado"
  12. Pedro Bromfman – Instrumental 4
  13. Leci Brandão – "Zé do Caroço"
  14. Cazuza – "Brasil"
  15. Pedro Bromfman – Instrumental 5
  16. Tihuana – Tropa de Elite (nova versão)






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