Tempos Modernos - Charles Chaplin + Paulette Goddard
Tempos Modernos - Charles Chaplin
Postado em 5/1/2012
Modern Times - EUA - 1936
Direção - Charles Chaplin
Roteiro - Charles Chaplin
Gênero - comédia
Duração - 87 minutos
Elenco - Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sandford.
Sinopse - Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não tem mãe e o pai delas está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas enquanto as menores são levadas a jovem consegue escapar.
Curiosidades - Apesar de mudo, "Tempos Modernos" utiliza o som de um modo chapliniano e burlesco quando aparecem em cena aparelhos mecânicos de reprodução sonora, como videofones, fonógrafos e rádios, para reiterar o tema do filme sobre a tecnologia e a desumanização. No entanto, sua voz é ouvida, quando, ao ser contratado como garçom cantante, ele improvisa uma canção em uma maravilhosa embromação de italiano.
- Todas as canções de "Tempos Modernos" foram compostas pelo próprio Charles Chaplin.
- Este foi um dos filmes que levaram Chaplin a ser perseguido politicamente, o que culminou com seu exílio na Suiça.
- A Itália e a Alemanha baniram o filme por considerarem o filme uma "propaganda comunista".
- Na França, a produtora Tobis processou Chaplin acusando-o de plagiar o filme "A Nós a Liberdade" de René Clair, mas teve de desistir do processo quando o autor declarou-se "honrado" com essa possível homenagem, dizendo: "Eu certamente também peguei muito emprestado dele".
- Chaplin e Paulette Godard ainda não eram casados à época, mas viviam juntos. Foram forçados a se casarem quando uma revista revelou o fato, provocando um escândalo.
- É a última aparição do personagem Carlitos no cinema.
Comentário - Mais uma obra-prima de Chaplin, agora ele critica a industrialização e sua consequente desumanização, além da intolerância política e a desigualdade econômica; isso em um tempo onde os EUA ainda viviam as consequências da Depressão. Tudo isto feito sempre com muito humor e cenas inesquecíveis como a de Carlitos entre as engrenagens e a nostálgica cena final onde Carlitos e a garota caminham rumo ao horizonte, de onde Carlitos nunca mais voltará para as telas, com a linda música "Smile" tocando ao fundo.
Nota - 10
Paulette Goddard
Estrela e esposa de Chaplin, foi uma atriz belíssima que nunca atingiu o sucesso esperado. Foi corista da Goldwyn, casou-se com um rico industrial de quem divorciou em 1931, fez pequenos papéis no cinema desde 1929, mas foi em "Tempos Modernos"(36) , que se revelou para o mundo.O sucesso transformou-os no "primeiro casal" de Holywood por quase dez anos. Paulette quase conseguiu o papel de Scarlett O´Hara em "...E o Vento Levou", mas fez "Jovem no Coração"(38), de Selzinick, como prêmio de consolação, seguido de "As Mulheres"(39) e "Legião de Heróis"(40). Depois da guerra, se casou com Burgess Meredith e estrelou com ele um de seus maiores sucessos, "Segredos de Alcova"(46). Participou em "Os Inconquistáveis" e "O Passado de Meu Marido"(ambos de 47). Aposentou-se após de casar pela quarta vez em 1958, com Erich Maria Remarque.
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