Sob os Tetos de Paris - René Clair + Biografia
Sob os Tetos de Paris - René Clair
Sous les Toits de Paris - França - 1930
Direção - René Clair
Roteiro - René Clair
Gênero - comédia - musical
Duração - 92 minutos
Elenco - Albert Préjan, Pola Illery, Edmond Gréville, Bill Bocket.
Sinopse - Um cantor de rua parisiense e um gângster disputam o amor de uma bela jovem, com a ajuda de canções, mímica e pouca conversa.
Curiosidades - Na época de seu lançamento, foi considerado um dos mais belos filmes de todos os tempos.
- A música título "Sous Les Toits de Paris" fez muito sucesso na época.
Comentário - Uma comédia de suspense, que mostra Paris dos anos 30 ao som de graciosas canções e belas imagens dos tetos da paisagem urbana de Paris. Filmado no início dos filmes falados, Clair ainda faz uso da linguagem do cinema mudo em alguns momentos. Um filme charmoso que expressa o amor romântico e suas ilusões e trapaças.
Nota - 9
René Clair
René era filho de um comerciante de sabão em Paris, tendo revelado seus dotes precocemente, escreveu e dirigiu suas próprias peças desde os sete anos de idade. Em 1917, alistou-se para dirigir ambulâncias na frente de batalha, onde foi ferido. Traumatizado, entrou para um mosteiro dominicano em 1918, de onde saiu após o armistício a fim de escrever para o jornal parisiense "L`Intransigent". Em 1920, mudou seu nome para René Clair e começou a representar, antes de ir para Bruxelas para estudar técnica de cinema. Escreveu e dirigiu seu primeiro longa-metragem, "Paris Qui Dort"(24), um pequeno flerte com a vanguarda emergente, mas sua carreira alçou vôo com o lançamento da excelente comédia "Entr´acte"(24) 20 minutos de divertido surrealismo. Na adaptação da farsa novecentista de Eugéne Labiche "Um Chapéu de Palha da Itália"(27) substituiu com imagens precisas várias piadas. Seu primeiro falado, "Sob os Tetos de Paris"(30), usa música, efeitos sonoros e sons externos criados em estúdio.
Hollywood bebeu das comédias musicais "O Milhão"(31) e "A Nós a Liberdade"(31); esta satiriza a produção em massa e inspirou "Tempos Modernos" de Chaplin. Antes da guerra, Clair trabalhou fora da França, mas, na Inglaterra com "The Gost Goes West"(35) ou nos EUA com "Casei-me com Uma Feiticeira"(42), manteve o estilo liberado. No pós-guerra destacam-se "A Beleza do Diabo"(50) e "O Silêncio é de Ouro"(47), visão melancólica do cinema mudo. Sua ironia sutil evidencia-se na comédia "Grandes Manobras"(55), a primeira em cores.
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