Saló ou Os 120 Dias de Sodoma - Pier Paolo Pasolini + Biografia
Saló ou Os 120 Dias de Sodoma - Pier Paolo Pasolini
Postado em 7/12/2011
Salò o le 120 giornate di Sodoma - Itália/França - 1976
Direção - Pier Paolo Pasolini
Roteiro - Marquês de Sade (romance), Pier Paolo Pasolini, Sergio Citti, Pupo Avati (roteiro).
Gênero - drama
Duração - 117 minutos
Elenco - Paolo Bonacelli, Giorgio Cataldi, Umberto Paolo Quintavalle, Aldo Valletti.
Sinopse - Na Itália controlada pelos nazistas, quatro fascistas sequestram 16 jovens e os aprisionam em uma mansão, onde eles passam a ser usados como fonte de prazer, masoquismo e morte.
Curiosidades - Baseado livremente em histórias de Marquês de Sade: "Círculo de Manias", "Círculo da Merda" e "Círculo do Sangue",
- O filme foi perseguido e proibido em vários países.
Comentário - Sem dúvidas é uma das obras mais perturbadoras do cinema, Pasolini fez uma grande crítica ao fascismo utilizando cenas de forte conteúdo violento, escatológico e por vezes erótico, apesar de ser dificil ver erotismo em cenas repugnantes. As cenas chocam e ao som de "Carmina Burana" fica tudo mais perturbador. Muitos detestam o filme, principalmente pelas cenas de escatologia, mas é sem dúvida um forte manifesto contra o fascismo, a sociedade e a igreja italiana e uma discussão sobre as morais da natureza humana.
Nota - 8,5
Pier Paolo Pasolini
Seu uso espalhafatoso de sexo, violência e blasfêmia escandalizou as autoridades italianas; contudo, "Os Contos de Canterbury"(72) e "Saló ou Os 120 Dias de Sodoma"(75) provaram que ele não era um pernóstico disposto apenas a chocar. A justaposição inteligente na tela tornou seu trabalho fascinante. Já havia publicado poesias e romances, entre seus livros mais conhecidos estão "Meninos da Vida", "Uma Vida Violenta" e "Petróleo" ,quando resolveu se dedicar ao cinema. Contribuiu para o roteiro de "Noites de Cabíria" de Fellini, antes de sua estrondosa estréia com "Desajuste Social"(61). As contradições já existiam, embora ele deva muito ao pendor do neo-realismo italiano por filmagens externas e uso de não-atores. Austeridade, simplicidade e dignidade vistas através de paisagens italianas áridas caracterizaram "O Evangelho Segundo São Mateus"(64), um glorioso retrato de Cristo como um rebelde em forma semi-documental, novamente feito com não-atores. Ele até colocou sua mãe no papel da Virgem Maria. O realismo cedeu cada vez mais lugar à estilização. Embora "Édipo Rei"(67) e "Os Contos de Canterbury" tenham transmitido seu entusiasmo pela literatura, ele não teve medo de ser direto e contemporâneo em "Teorema"(68) e "Pocilga"(70). Morreu assassinado por um menino de 17 anos.
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