Priscilla, a Rainha do Deserto - Stephen Elliott + Cinema Australiano

Priscilla, a Rainha do Deserto - Stephen Elliott


Postado em 15/11/2011 



The Adventures of Priscilla, Queen of the Desert  -  Austrália/Reino Unido  -  1994

Direção - Stephen Elliott

Roteiro - Stephen Elliott

Gênero - comédia - aventura

Duração - 104 minutos

Elenco - Hugo WeavingGuy PearceTerence Stamp, June Marie Bennett.

Sinopse - As drag queens Anthony e Adam e a transexual Bernadette são contratadas para realizar um show em Alice Springs, uma cidade remota localizada no deserto australiano. Eles partem de Sydney a bordo de Priscilla, um ônibus, tendo a companhia de Bob. Só que no caminho eles descobrem que quem os contratou foi a esposa de Anthony.

Curiosidades   - O personagem de Hugo Weaving é baseado em Cindy Pastel, drag queen residente em Sydney, na Austrália.
                      - O ator Bill Hunter rodou "Priscilla, a Rainha do Deserto" e "O Casamento de Muriel" (1994) no mesmo período. Cada personagem requeria um tipo de cabelo e um corte de barba diferente. Além disto, as filmagens ocorriam em locais distantes um do outro, o que fazia com que Hunter perdesse um bom tempo em deslocamentos.
                      - O diretor Stephan Elliott aparece em uma pequena ponta, como um porteiro.

Comentário - Um filme alegre e impactante, que mostra o cotidiano das drag queens mas não só seu lado colorido mas sim seus dramas pessoais. Terence Stamp surpreendeu no papel do transexual enquanto Hugo Weaving e Guy Pierce ganharam fama internacional. Os figurinos que ganharam o Oscar e a trilha-sonora nostálgica com Village People, Gloria Gaynor e ABBA, dão um clima divertido ao filme. Atenção para a cena em que Pearce viaja em pé sobre o ônibus com uma enorme echarpe prateada ao vento.

Nota - 8,5



                             






Cinema Australiano


A Austrália faz filmes desde 1906 "The Story of the Kelly Gang" com 66 minutos é o primeiro longa-metragem do mundo. Porém, sua indústria pouco se desenvolveu devido às importações britânicas e norte-americanas; na I Guerra Mundial, o corte da linha comercial para o país levou-o a fazer comédias rurais e faroestes copiando os de Hollywood. "The Sentimental Blake"(1919) é o único filme de valor artístico da época.
Em 1936, apenas quatro países tinham seus filmes totalmente sonorizados, os EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. O diretor mais famoso era Charles Chauvel, que fez dois filmes de guerra: "40.000 Horsemen"(1940), sobre a participação da cavalaria australiana na I Guerra Mundial, e "The Rats of Tobruk"(1944). O documentário "Kokoda Front Line!" (1942) deu o primeiro Oscar ao país, embora, até os anos 70, filme australiano significasse "feito na Austrália por estrangeiros".  Harry Watt fez faroestes que lançaram o filão de filmes britânicos feitos na Austrália. Stanley Kramer, fez "A Hora Final"(59), Fred Zinnemann "Peregrino da Esperança"(60) e Tony Richardson "Ned Kelly"(70).
Em 1973, surgiu a Australian Film Development Corporation que logo deu frutos: Bruce Beresford "The Getting of Wisdom"(77); Peter Weir "Piquenique na Montanha Misteriosa"(75); Fred Schepisi "The Devil`s Playground(76); Phillip Noyce "Newsfront"(78); Gillian Armstrong "My Brilliant Career"(79) e George Miller "Mad Max"(79), todos com carreira paralelas em Hollywood. Da geração seguinte, Baz luhrmann é o mais celebrado, e seu primeiro longa, "Vem Dançar Comigo"(92), ganhou diversos prêmios.




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