Os Deuses Devem Estar Loucos - Jamie Uys + Cinema Africano

Os Deuses Devem Estar Loucos - Jamie Uys 


Postado em 5/11/2011 
                             

The Gods Must Be Crazy  -  Africa do Sul/Botsuana  -  1980

Direção - Jamie Uys

Roteiro - Jamie Uys

Gênero - comédia - ação

Duração - 109 minutos

Elenco - Marius Weyers, Sandra Prinsloo, N!xau, Louw Verwey.

Sinopse - Uma garrafa de Coca-Cola jogada de um avião fazem os nativos acreditarem que é um presente dos deuses. Mas como isto gera uma série de brigas, eles decidem devolvê-la aos deuses, escolhendo um dos nativos para fazer a devolução.

Curiosidades   - O diretor Jamie Uys pesquisou durante 3 meses em Kakahari, na África do Sul, até encontrar a pessoa que consideraria perfeita para interpretar o personagem Xi. N!xau, seu intérprete, não havia tido nenhum contato com a civilização moderna até o encontro com o diretor Jamie Uys.
                      -  Seguido por "Os Deuses Devem Estar Loucos 2" (1989) e "Os Deuses Devem Estar Loucos 3 - Loucuras da China"(1991).

Comentário - Um filme divertido que mostra as diferenças de culturas e reflete sobre a sociedade moderna, com roteiro inteligente, o filme fez muito sucesso na época do seu lançamento. Apesar da produção nitidamente pobre, vale a pena assistir ao filme pelo assunto inusitado.

Nota - 7



                                                                                             





Cinema Africano


No período em que ainda eram colônias, nos anos 60 e 70, muitos países africanos não tinham indústria de cinema que então se desenvolveu e chamou a atenção do resto do mundo. A França patrocinou muitos cineastas africanos, e vários se formaram na Europa.
Nos anos 30, o musical viria a ser o principal gênero do cinema no Egito, em 1932 "Inshudat el Fuad", dirigido pelo italiano Mario Volpi se destacou, mas o Norte da África pouco produziu até bem depois da II Guerra Mundial. Youssef Chahine atribuiu respeito ao cinema egípcio focalizando a miséria em "Bab el Hadib"(58) e passou a alternar grandes produções com filmes políticos, como "Al-Asfour"(73), sobre a Guerra dos Seis Dias entre Egito e Israel.
Na Argélia independente, filmes que refletem as lutas pela independência se destacam, o mais conhecido é "A Batalha de Argel"(66), uma co-produção ítalo-argelina dirigida por Gillo Pontecorvo. Outro destaque é "Crônica dos Anos de Fogo"(75) dirigido por Mohammed Lakhdar-Hamina, contando a história do país de 39 a 54.
Argélia, Marrocos e Tunísia têm alcançado prêmios como o tunisiano "Os Silêncios do Palácio"(94), um olhar emocionante e raro sobre o papel da mulher num mundo tão masculino em transformação. O maior diretor da África subsaariana é Ousmane Sembene, do Senegal. Graças ao seu pioneirismo, cineastas mais jovens, como Souleymane Cissé, de Mali, e Idrissa Ouedraogo, de Burkina Faso, também deixaram suas marcas. Nos anos do Apartheid, a África do Sul produziu poucos filmes relevantes; depois, muitos deles refletiram a respeito do período. "Mapantsula"(88) de Oliver Schmitz e o premiado "Infância Roubada"(05), sobre a violência entre negros, olham para os dias de hoje.



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