Os Cafajestes - Ruy Guerra + Norma Bengell
Os Cafajestes - Ruy Guerra
Postado em 4/11/2011
Os Cafajestes - Brasil - 1962
Direção - Ruy Guerra
Roteiro - Ruy Guerra, Miguel Torres.
Gênero - drama - policial
Duração - 100 minutos
Elenco - Jece Valadão, Daniel Filho, Norma Bengell, Hugo Carvana, Glauce Rocha, Lucy de Carvalho.
Sinopse - Jandir e seu amigo Vavá, um playboy, vivem no mundo das drogas e sexo de Copacabana. Só que a situação de Vavá não é boa, já que seu pai corre o risco de perder tudo o que tem. É quando a dupla tem a ideia de tirar fotos comprometedoras de Leda, a amante do tio de Vavá, no intuito de chantageá-lo. Eles a levam a uma praia deserta e, após tirarem as fotos, a estupram.
Curiosidades - É o primeiro trabalho no Brasil do diretor Ruy Guerra, nascido em Moçambique.
- A sequência em que Norma Bengell aparece nua na praia gerou muita polêmica na época, trazendo problemas com a censura. Trata-se do primeiro nu frontal do cinema brasileiro.
- A cena na praia foi rodada na Praia do Forte, em Cabo Frio.
Comentário - Com uma direção inspirada de Ruy Guerra, excelente atuação de Jece Valadão e com Norma Bengell no auge, "Os Cafajestes" é um filme provocativo e até profético pois mostra uma Rio de Janeiro banalizada pela violência e a falta de perspectivas. A fotografia em preto-e-branco às vezes muito contrastada e às vezes suave, é belíssima. Além de tudo isso, o filme tem sequências marcantes como a de Daniel Filho tanto tiros em alvos invisíveis numa praia com o sol refletido na areia; ou a cena final onde Jece Valadão abandona seu carro enquanto o rádio continua transmitindo notícias e ele se afasta indiferente pois aquelas notícias não lhe dizem mais respeito; e claro, a cena de 4 minutos de Norma Bengell nua na praia.
Nota - 9
Norma Bengell
Começou a ser conhecida como cantora e showgirl nos espetáculos montados por Carlos Machado no Rio de Janeiro nos anos 50. Sua estréia no cinema foi fazendo uma caricatura de Brigitte Bardot em "O Homem do Sputinik"(59), onde seduz Oscarito, no estilo das chanchadas. Começou a ser impor como atriz em "Mulheres e Milhões"(61) e se firmou definitivamente em 1962 ao fazer os aclamados "O Pagador de Promessas" e "Os Cafajestes", que lhe abriram caminho para assinar contrato com o produtor italiano Dino de Laurentis. Na Itália fez "O Mafioso", com Alberto Sordi e dirigido por Alberto Lattuada. Voltou para o Brasil em 1964, trabalhando em uma série de filmes consolidando sua carreira, como "Noite Vazia"(64); "Mar Corrente"(65); "As Cariocas"(66); "Edu,Coração de Ouro"(67); "Antes o Verão"(68); "Os Deuses e os Mortos"(70); "O Palácio dos Anjos"(70); "As Confissões do Frei Abóbora"(71) e "Paranóia"(76). Em 1979 dirigiu o curta "Maria Gladys,Uma Atriz Brasileira" e em 1988 dirigiu seu primeiro longa "Eternamente Pagu". Ainda como atriz, estrelou "A Idade da Terra"(80); "Eros, o Deus do Amor"(81); "Tabu"(82); "Rio Babilônia"(82); "Tensão no Rio"(84); "A Cor do Seu Destino"(86); "Fonte de Saudade"(86) e "Vaga Para Moças de Fino Trato"(92). Ainda como diretora, dirigiu "O Guarani"(96); "Magda Tagliaferro - O Mundo Dentro de um Piano"(05) e "Infinitamente Guiomar Novaes"(05).
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