Os Amantes - Louis Malle + Jeanne Moreau
Os Amantes - Louis Malle
Postado em 20/1/2012
Les Amants - França - 1958
Direção - Louis Malle
Roteiro - Dominique Vivant (romance), Louise de Vilmorin (diálogo).
Gênero - romance - drama
Duração - 90 minutos
Elenco - Jeanne Moreau, Jean-Marc Bory, Judith Magre, Jose Luis de Villalonga.
Sinopse - Casada com Henri, homem autoritário e cáustico, Jeanne se cansa da vida do interior. Nas inúmeras estadas na casa de sua amiga Maggy em Paris, onde os agitos da noite urbana a fascinam, ela conhece Raoul, que se torna seu amante. Henri, desejoso de conhecer os amigos de sua mulher, convida Maggy e Raoul à sua casa.
Curiosidades - Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza.
- O filme teve problemas para ser exibido na Itália, França, EUA e Brasil, onde enfrentou a fúria da igreja católica.
Comentário - Louis Malle retratou o adultério onde a adúltera não tem o mínimo sentimento de culpa, e isso em 1958 causou escândalo, assim como os seios à mostra de Jeanne Moreau. Malle sempre quebrou barreiras e "Os Amantes" é exemplo disso. Jeanne Moreau em seu primeiro grande papel está magnífica, um filme contundente e tecnicamente excelente.
Nota - 9
Jeanne Moreau
Na opinião da maioria dos diretores e críticos durante o início dos anos 60, Moreau era bastante superior às outras atrizes. Filha de uma corista inglesa e de um barman francês, ficou com o pai quando o casamento se desfez em 1939. Estudou no Conservatório de Paris, seguindo para um período ilustre na Comédie Française e seu primeiro papel no cinema foi em "Dernier Amour"(48). Lutou durante dez anos para chegar ao estrelato, fazendo filmes menores. Seus primeiros filmes de sucesso foram dirigidos por Louis Malle, "Ascensor Para o Cadafalso" e "Os Amantes", ambos de 1958. Em seguida fez "A Noite"(61) de Michelangelo Antonioni, em 1962 ganhou notoriedade com "Jules e Jim" de François Truffaut. Flertou com filmes fora da França, incluindo "Eva"(62) de Joseph Losey e "O Processo"(62) de Orson Welles. Trabalhou com grandes diretores como Jacques Demy, Marcel Ophuls e Roger Vadim. Com Luis Buñuel, fez "Diário de uma Camareira"(64) e com Truffaut fez também "A Noiva Estava de Preto"(68) e com Louis Malle, fez parceria com Brigitte Bardot em "Viva Maria!"(65).
Também filmou com Fassbinder em "Querelle"(82), Elia Kazan em "O Último Magnata"(76), com o brasileiro Cacá Diegues em "Joanna Francesa"(73). Em 1990 fez "Nikita" de Luc Besson, filmou com François Ozon em "O Tempo Que Resta"(05). Dirigiu 2 filmes, "Lumiere"(76) e o elogiado "L´Adolescente"(79). Nos últimos anos, fazia participações em vários filmes como "Cada um com Seu Cinema", "Carmel", "Face" , "o Gebo e a Sombra" de Manoel de Oliveira, além de protagonizar "Uma Dama em Paris"(12).
Jeanne faleceu em 31 de julho de 2017 aos 89 anos.
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