O Casamento de Maria Braun - R.W.Fassbinder + Biografia
O Casamento de Maria Braun - R.W.Fassbinder
Postado em 8/12/2011
Die Ehe der Maria Braun - Alemanha - 1979
Direção - R.W.Fassbinder
Roteiro - R.W.Fassbinder (argumento e diálogos), Pea Frohlich, Peter Marthesheimer (roteiro e diálogos), Kurt Raab (roteiro).
Gênero - drama
Duração - 120 minutos
Elenco - Hanna Schygulla, Klaus Löwitsch, Ivan Desny, Gisela Uhlen.
Sinopse - Em plena II Guerra, Maria se casa com Hermann, um soldado alemão. Após um dia de lua-de-mel, ele retorna à frente russa e Maria inicia sua vigília diária na estação de trens, esperando uma notícia de seu marido. Quando chega a notícia de seu desaparecimento, ela se recusa a aceitar o fato. Ao invés disso, coloca uma roupa sensual e vai trabalhar em um bar onde conhece Bill, um soldado americano negro com quem inicia uma relação. Porém, como Maria acreditava, Hermann reaparece e durante um sério desentendimento, Bill cai morto vítima de uma pancada.
Curiosidades - É o primeiro filme da trilogia sobre as mulheres no pós-guerra alemão, seguido por "Lola"(81) e "O Desespero de Veronika Voss"(82).
Comentário - Filmado com movimentos longos e suaves, e elementos dos melodramas clássicos, é uma crítica ao "milagre econômico" da Alemanha da década de 50, e um retrato dramático de uma mulher indomável e sedutora. Destaque ainda para a interpretação de Schygulla, em seu décimo terceiro filme com Fassbinder.
Nota - 9
R.W.Fassbinder
Passou a infância indo ao cinema e começou a fazer curtas-metragens após abandonar a escola. Formou uma companhia teatral e começou a interessar-se pela produção de filmes longa-metragem em 1969. A natureza prolífica de seu trabalho inicial poderia ter sido desprezada como exuberância da juventude se os filmes não tivessem uma textura tão rica. Com filmes como "Por Que Deu a Louca no Sr. R?"(70), e "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant"(72), Fassbinder logo consolidou seu estilo - econômico, político, seco, às vezes alegórico - e recebeu enorme apoio da crítica internacional, apesar de não acompanhado de sucesso financeiro. Sua atriz favorita, Hanna Schygulla, apareceu em muitos de seus filmes, incluindo "O Casamento de Maria Braun"(79). Às vezes aparecia em seus filmes, e em "Fox and His Friends"(75), sua interpretação de um homossexual solitário foi considerada uma rara alusão à sua vida particular. Em geral as mulheres estão no centro dos filmes: "O Casamento de Maria Braun", "Lola"(81) e "O Desespero de Veronika Voss"(82), e o estilo dessas recriações de épocas é mais extravagante que a câmera estática dos primeiros títulos. A manipulação dos mais fracos através da sexualidade é tema frequente, seja na heterossexualidade: "Effi Briest"(74) e "Lili Marlene"(80), ou na homossexualidade: "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant" e "O Direito do Mais Forte"(75). Ganhou o Urso de Ouro do Festival de Berlim por "O Desespero de Veronika Voss" em 1982, ano de seu falecimento.
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