Hiroshima Meu Amor - Alain Resnais + Biografia

Hiroshima Meu Amor - Alain Resnais 

Postado em 26/11/2011 

Hiroshima Mon Amour  -  França/Japão  -  1959

Direção - Alain Resnais

Roteiro - Marguerite Duras

Gênero - romance - drama

Duração - 90 minutos

Elenco - Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stella Dassas, Pierre Barbaud.

Sinopse - Durante sua participação num filme sobre a paz, rodado em Hiroshima, uma atriz francesa vive uma aventura amorosa com um japonês, o que a traz lembranças de uma trágica paixão durante a ocupação. Entre o passado de guerra e o presente de incertezas, ele e ela tentam tornar imortal este encontro fortuito, através da mistura de tempos, recordações e corpos.

Curiosidades - O filme começou como um documentário sobre Hiroshima e a bomba, mas durante as filmagens, Resnais decidiu transformá-lo num longa de ficção.

                                                                                                "Você não viu nada em Hiroshima."

Comentário - Realizado com extremo rigor, com cortes e flashbacks usados de maneira sublime, bela trilha-sonora e marcante atuação de Emmanuelle Riva. O filme é uma refinada reflexão sobre os efeitos da guerra, as diferenças das raças, diferenças das classes sociais, o amor e suas cicatrizes.

Nota - 9



                                                                                               

Alain Resnais

 Vannes  -  3 de junho de 1922.
O mais intelectual dentre os diretores da Nouvelle Vague, estudou para ser ator e editor de cinema, depois fez diversos curtas documentários, muitos deles estudos sobre artistas, e foi aclamado pelo público com "Noite e Neblina"(56), sobre os campos de concentração nazistas. Em seguida vieram longas-metragens, começando com "Hiroshima Meu Amor"(59), que estabeleceu seu estilo de narrativa cortada, navegando entre o presente e o passado, sem um enredo convencional e revestida de declarações proverbiais sobre o tempo, a memória e a tecnologia. A apoteose foi alcançada em "O Ano Passado em Marienbad"(61), no qual os personagens fazem poses na topiaria enquanto tentam descobrir se já se conhecem ou não. Também fez filmes convencionais como "A Guerra Acabou"(66). "Stavisky"(74) e "Providence"(77), sobre um romancista mal-humorado e em estado terminal. Nos anos 80 ele adaptou obras teatrais com sua companhia de atores. Nos anos 2000, seus filmes de destaque são: "Medos Privados em Lugares Públicos"(06), "Ervas Daninhas"(09) e "Vocês Ainda Não Viram Nada"(12).
Faleceu em 01 de março de 2014, aos 91 anos.