Garapa - José Padilha + Biografia
Garapa - José Padilha
Postado em 22/2/2012
Garapa - Brasil - 2008
Direção - José Padilha
Roteiro - Felipe Lacerda, José Padilha.
Gênero - documentário
Duração - 110 minutos
Sinopse - Segundo a ONU, mais de 920 milhões de pessoas sofrem de fome crônica no mundo. O significado desses números depende da nossa compreensão do que significa passar fome. Geralmente, os meios de comunicação discutem a fome a partir de uma perspectiva macroscópica. Nos fornecem números e debates sobre as suas causas ambientais, geográficas, econômicas e políticas. No entanto, nos deixam sem saber como vivem as pessoas que passam fome. Para que se possa compreender o real significado da fome, é necessário conviver com as pessoas que lutam contra a própria fome por algum tempo. É necessário acompanhar o seu dia a dia.
Curiosidades - "Garapa" nasceu a partir de uma conversa em 2001 entre José Padilha e Marcos Prado, sócios na Zazen Produções, sobre a questão da fome no Brasil.
- José Padilha se inspirou em "Vidas Secas" (1963) para realizar "Garapa".
- Garapa é a mistura de água com açúcar, ou rapadura, preparada pelas famílias para alimentar suas crianças.
- A intenção de José Padilha era que fosse retirado tudo que não fosse essencial do ponto de vista do cinema. Devido a isto ele decidiu fazer o filme em 16mm, sem trilha sonora, com som praticamente em mono e em preto e branco.
- Não houve uma seleção prévia de quais famílias seriam retratadas. José Padilha reuniu uma equipe de cinco pessoas e partiu para o Ceará, tendo apenas o contato de organizações não-governamentais que atuavam na região.
- Foram rodadas mais de 45 horas, ao longo de quatro semanas.
Comentário - No Brasil é possível morrer de fome de dois jeitos: não comer nada ou comer mal e sofrer aos poucos com carências nutricionais.
Nota - 8,5
José Padilha
Iniciou no cinema como produtor, em 1987, no filme "Tanga - Deu no New York Times", dirigido por Henfil. Em 1999, escreveu e produziu o documentário "Os Carvoeiros", dirigido por Nigel Noble. Estreou como diretor em 2002 com o documentário "Ônibus 174".
Em 2007 lançou "Tropa de Elite", sua primeira ficção. O filme, que foi pirateado quase dois meses antes da estréia, ganhou grande repercussão e estima-se que 11 milhões de pessoas tenham assistido ao DVD pirata. Nos cinemas, o filme conquistou o maior número de espectadores no Ranking nacional 2007. Em 15 de fevereiro de 2008 ganhou o Urso de Ouro, em Berlim, por "Tropa de Elite". Voltou ao documentário em 2008, ao retratar a fome em "Garapa".
Em 2010 lançou "Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro". O filme teve o maior público da história do cinema brasileiro para um filme nacional, com mais de 11 milhões de espectadores, batendo Dona Flor e seus dois maridos.
José Padilha é reconhecido internacionalmente como um dos melhores cineastas da atualidade e estreou em Hollywood, dirigindo a refilmagem de "Robocop". Filmou no Reino Unido o suspense "7 Dias Em Entebbe".
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