Farrapo Humano - Billy Wilder + Código Hays

Farrapo Humano - Billy Wilder 


Postado em 10/1/2012 


                               

The Lost Weekend  -  EUA  -  1945

Direção - Billy Wilder

Roteiro - Charles Brackett, Billy Wilder.

Gênero - drama

Duração - 101 minutos

Elenco - Ray Milland, Jane Wyman, Frank Faylen, Phillip Terry.

Sinopse - Em Nova York, Don Birman sonhava ser escritor, mas não consegue seu objetivo por estar sofrendo de um bloqueio. Assim, completamente dominado pelo álcool e passa a ter como única meta obter dinheiro para continuar se embriagando, se esquecendo que as pessoas que o rodeiam sofrem por vê-lo neste estado e tudo fazem para afastá-lo da bebida. Mas enquanto a namorada, Helen St. James, editora de uma revista, quer ajudá-lo, ele bebe cada vez mais.

Curiosidades - Oscar de melhor filme.
                    - A indústria de bebidas ofereceu à Paramount 5 milhões de dólares para que o filme fosse cancelado.

Comentário - "Farrapo Humano" é o retrato mais honesto e humano sobre o alcoolismo que o cinema já produziu. Wilder mostra todo o sofrimento que a dependência causa com cenas memoráveis como a que Don Birnnam carrega a máquina de escrever ( seu instrumento de trabalho) pelas ruas afim de penhora-la para com o dinheiro comprar bebida. Milland acrescenta veracidade com seu desempenho agonizante que lhe rendeu o Oscar. Mesmo com o "Codigo Hays" exigindo um final feliz, Wilder conseguiu com maestria causar uma reflexão sobre o alcoolismo.

Nota - 9



                                                                                                





O Código Hays



O Código Hays ou Código de Produção, foi um sistema de auto-regulação criado pelos estúdios de Hollywood em 1930 "para garantir níveis aceitáveis de moral e bons costumes".
Todos os roteiros tinham que ser enviados à Agência Hays onde, junto com a Legião Católica da Decência, o membros da Agência se comprometeram a condenar "todos os filmes que ofendessem a decência e a moral cristã". Foi criada a PCA (Administração do Código de Produção) para por um selo de aprovação em cada cópia impressa dos filmes.
Como resultado muitos filmes passaram por drásticas edições. O Código considerou imoral até mesmo a personagem de desenho animado Betty Boop e exigiu o disfarce de sua sensualidade. Entre as proibições estavam: profanação, nudez, perversão sexual, miscigenação e cenas de parto. O Código, que na prática era uma censura, pedia ainda respeito a bandeira, a não demonstração de afinidades com criminosos e que homens e mulheres, mesmo que casados, não aparecessem juntos na cama.
O Código foi revisto somente em 1966, e em 1968 surgiu um sistema de classificação de filmes.



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