Falsa Loura - Carlos Reichenbach + Biografia

Falsa Loura - Carlos Reichenbach 


Postado em 28/11/2011 



Falsa Loura  -  Brasil  -  2008

Direção - Carlos Reichenbach

Roteiro - Carlos Reichenbach

Gênero - drama

Duração - 103 minutos

Elenco - Rosanne MulhollandCaua Reymond, Maurício Mattar, Djin Sganzerla, Susana Alves, Vanessa Pietro.

Sinopse - Silmara é uma bela operária que sustenta seu pai, Antero, um ex-presidiário que foi deformado pelo fogo. Ela tenta a todo custo manter um relacionamento amigável com ele e com seu irmão caçula, Tê, ao mesmo tempo em que mantém um relacionamento ambíguo com a professora de dança Regina. Na fábrica em que trabalha Silmara é incentivada a ajudar Briducha, uma mulher tímida e solitária. As duas e Regina vão ao show do grupo Bruno e os Andrés, onde Silmara conhece e se envolve com Bruno de André, ídolo da banda. Logo Silmara se torna o sonho de suas amigas, por representar a chance de uma rápida ascensão social.

Curiosidades - O cantor Paulo Ricardo cedeu à produção a canção "Noites Vazias", usada por Carlos Reichenbach como homenagem ao diretor Walter Hugo Khouri.

Comentário - Reichenbach é um dos grandes cineastas brasileiros, e uma de suas virtudes, é não ter pudor em mostrar o que é belo e o que é brega. Assim como "Garotas do ABC", o filme mostra o cotidiano da classe operária pelo ponto de vista feminino. Silmara é uma linda garota que enxerga em sua beleza a maneira mais fácil de ascender socialmente, mas as desilusões mostraram a ela que a realidade é bem mais difícil do que ela pensava. Um roteiro bem amarrado, uma direção segura utilizando imagens marcantes e trilha-sonora que alterna belas e bregas canções e uma atuação muito boa da linda Rosanne Mulholland, fazem de "Falsa Loura" um dos melhores filmes nacionais do cinema recente.

Nota - 8



                                                                                                 






Carlos Reichenbach



 Carlos Oscar Reichenbach Filho  -  Porto Alegre  -  14 de junho de 1945  -  14 de junho de 2012.

Com quatro meses, quando sua mãe, Luise Tinger Reichenbach, foi autorizada pelos médicos a viajar de avião, se instalou definitivamente em São Paulo, terra natal de seu pai, Carlos Reichenbach, onde mora e trabalha até hoje.Assíduo freqüentador das salas de arte, dos "poeiras" do centro de São Paulo e das sessões do Museu de Arte, na rua Sete de Abril, promovidas pela Sociedade Amigos da Cinemateca, Reichenbach fez vários cursos de história e crítica cinematográfica. Ingressou no primeiro curso de cinema de nível universitário no Brasil, na Escola Superior de Cinema São Luiz. Reichenbach foi aluno de mestres como Roberto Santos, Anatol Rosenfeld, Paulo Emílio Salles Gomes, Mário Chamie, Décio Pignatari, e sobretudo, Luiz Sérgio Person, responsável pelo seu interesse em dirigir filmes. Produzido por Luiz Sérgio Person, Reichenbach realiza seu primeiro curta-metragem em 35 mm, "Esta Rua Tão Augusta", como exercício de curso. À partir de 69, Reichenbach começa à iluminar e fazer câmera em longas metragens de outros diretores. De 69 até hoje, fotografou e operou a câmera de  mais de 36 longas metragens.Em 1970, foi convidado pelo produtor Renato Grecchi à dirigir um filme do gênero infanto-juvenil, com corredores de automóvel, garotas de biquini e música jovem. Realiza então, o seu autêntico e primeiro longa metragem: "Corrida em Busca do Amor". Em 1974, fez "Lilian M, Relatório Confidencial".Considerado um dos mais importantes realizadores paulistas, Reichenbach teve sua obra reconhecida internacionalmente em 1985 no Festival de Rotterdam, Holanda, onde participou com seus filmes por cinco anos consecutivos. Foi por duas vezes premiado pela Cinemateca Real de Bruxelas, recebeu com "Alma Corsária", o prêmio dos 30 anos do Festival do Novo Cinema de Pesaro.
Seus longa metragens são:
"A corrida em busca do amor"(72); "Lilian M., relatório confidencial"(75); "Sede de amar"(79); "A ilha dos prazeres proibidos"(79); "Império do desejo"(80); "Amor, palavra prostituta"(81); "O paraíso proibido"(81);"Extremos do prazer"(84);"Filme demência"(86);"Anjos do arrabalde"(87); "Alma Corsária"(94); "Dois Córregos"(99); "Garotas do ABC"(02); "Bens Confiscados"(03) e "Falsa Loura"(08).
Carlos Reichenbach faleceu vítima de infarto no dia em que completou 67 anos.






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