Fahrenheit 451 - François Truffaut + Julie Christie
Fahrenheit 451 - François Truffaut
Postado em 8/3/2012
Fahrenheit 451 - Reino Unido/França - 1966
Direção - François Truffaut
Roteiro - Ray Bradbury (livro), François Truffaut e Jean-Louis Richard (roteiro), David Rudkin e Helen Scott (diálogos adicionais).
Gênero - ficção-científica - drama
Duração - 112 minutos
Elenco - Julie Christie, Cyril Cusack, Oskar Werner, Anton Diffring.
Sinopse - Guy Montag é um bombeiro que vive numa solitária e isolada sociedade, em que os livros são proibidos pelo Governo. É seu dever queimar todo livro que tenha sido visto pelas autoridades ou denunciados pelos informantes. Montag acaba se envolvendo com Clarisse, uma apaixonada pela literatura, o que o leva a ler livros de forma clandestina. É através deste relacionamento que Montag passa a questionar os motivos que justificam a determinação do governo de queimar toda e qualquer obra literária.
Curiosidades - O título "Fahrenheit 451"é uma referência à temperatura que os livros são queimados.Convertido para Celsius, esta temperatura equivale a 233 graus.
- Baseado no livro homônimo de Ray Bradbury.
- "Fahrenheit 451" é o único filme em inglês dirigido por François Truffaut.
- Todos os créditos de diretor, roteiristas, elenco, produtores, música, fotografia e até mesmo o nome do filme são narrados em off, não aparecendo nada escrito na tela. Apenas surge, no final, o tradicional "The End" e o nome do estúdio que produziu "Fahrenheit 451".
- Entre os livros queimados pelos bombeiros está a revista Cahiers du Cinema, para a qual o próprio diretor François Truffaut escrevia na época.
Comentário - Essa ficção-científica é considerada uma das mais importantes do cinema, com uma excelente narrativa e um visual sofisticado de um futuro pessimista, o filme retrata a repressão e a censura onde o acesso ao conhecimento é controlado mas, seu final nos deixa uma esperança e transforma o filme numa homenagem à liberdade. Na sociedade em que vivemos onde muitas vezes o acesso ao conhecimento nos são dificultados por interesses políticos e sobretudo religiosos, o filme nos faz refletir sobre a liberdade, manipulação e principalmente se vale a pena ser feliz baseado em alienações ou se é melhor ser ciente da realidade e ter como preço a diminuição da felicidade.
Nota - 9
Julie Christie
Linda e de traços fortes, Julie Christie alcançou a fama já em seu terceiro filme, "O Mundo Fabuloso de Billy Liar"(63). O mesmo diretor, John Schlesinger, colocou-a em "Darling, a Que Amou Demais"(65), que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. Como a bela Lara em "Doutor Jivago"(65) de David Lean, ou em "Fahrenheit 451"(66), "Longe Deste Insensato Mundo"(67) e "Petulia - Um Demônio de Mulher"(68), confirmou sua condição de estrela. Em "O Mensageiro" e "Onde os Homens São Homens"(ambos de 71) e "Inverno de Sangue em Veneza"(73), confirmou suas qualidades como atriz. Poucos filmes tentaram-na a sair da semi-aposentadoria e de seu envolvimento com os direitos dos animais, com a notável exceção de "Shampoo"(75), "O Céu Pode Esperar"(78), "O Retorno do Soldado" e "Verão Vermelho" (ambos de 83).
Depois desse período, retornou ao cinema com mais frequência, participando de filmes como: "O Despertar do Desejo"(97), "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban"(04), "Em Busca da Terra do Nunca"(04), "Tróia"(04), "A Vida Secreta das Palavras"(05), "Longe Dela"(06), "Nova York, Eu te Amo" (09), "A Garota da Capa Vermelha"(11), "Sem Proteção"(12) e "A Livraria"(17).
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