Ciao, Maschio - Marco Ferreri + Biografia

Ciao, Maschio - Marco Ferreri 


Postado em 1/2/2012 





Ciao Maschio - Bye Bye Monkey  -  França/Itália  -  1977

Direção - Marco Ferreri

Roteiro - Marco Ferreri (ideia, cenário e adaptação), Gérard Brach (cenário e adaptação), Rafael Azcona (colaboração).

Gênero - comédia - drama

Duração - 113 minutos

Elenco - Gérard Depardieu, Marcello Mastroianni, James Coco, Geraldine Fitzgerald, Abigail Clayton.

Sinopse - Um jovem morador de Nova York, Gerard Lafayette, encontra um filhote de chimpanzé e começa a cuidar dele. Em pouco tempo, o pequeno símio vira atração entre os amigos de Lafayette, cativando a todos que o conhecem. Porém, a situação muda radicalmente quando uma tragédia atravessa o caminho deles.

Curiosidades - Prêmio do Grande Júri do Festival de Cannes.

Comentário - Um filme pouco conhecido no Brasil mas que foi lançado recentemente em DVD.  Em "Chiao Maschio" vemos a rotina de um jovem que trabalha em um museu e namora uma atriz de teatro. Como em todos os filmes de Ferreri, há muitas cenas surreais e doses de erotismo, mas o grande destaque do filme fica por conta da magistral atuação de Mastroianni no papel de um homem solitário e melancólico.

Nota - 8



                           





Marco Ferreri



  Marco Ferreri  - Milão, 11 de maio de 1928 — Paris, 9 de maio de 1997.

Durante a juventude, Marco Ferreri estudou veterinária e trabalhou como jornalista. Iniciou-se no cinema com documentários e cinema publicitário, foi diretor de produção e conseguiu começar a carreira na Espanha, fazendo fitas para o humorista Rafael Azcona, todas elas pautadas pelo humor negro e pela ácida crítica dos mitos sociais contemporâneos. Estas serão, aliás, características que irão acompanhar todos os filmes da sua carreira.
Em 1951 fundou, em parceria com Riccardo Ghione, uma revista sobre cinema intitulada Documento Mensile que contou com colaboradores célebres como Alberto Moravia, Luchino Visconti e Vittorio de Sica. Até 1958, dedicar-se-á à revista, articulando-a com a produção de filmes de baixo orçamento. A sua estreia como realizador deu-se em Espanha, onde filmou "El Pisito" (1959). Até 1968, muitos dos filmes de Ferreri foram afetados pela censura. Entre eles contou-se "Uma História Moderna" (1963) protagonizado por Ugo Tognazzi no papel de um solteirão de meia-idade que se casa com uma jovem rapariga (Marina Vlady) que nutre apetites sexuais vorazes e deseja engravidar.
 Rodou um documentário: "Corrida! (1966)", sobre o mundo das touradas e a sua importância na cultura tradicional espanhola. Contudo, o seu primeiro sucesso de bilheteira interno foi o filme de ação "Dillinger É Morto" (1969). Ferreri procurou então impor aos seus filmes uma forte carga filosófica, conseguindo-o admiravelmente em "Liza" (1972) uma sátira protagonizada por Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni em que este interpreta um homem desiludido com o seu casamento e farto da sociedade de consumo que decide instalar-se numa ilha deserta com o seu cão. A essa ilha chegará uma jovem burguesa (Deneuve), que foge de um cruzeiro e decide matar o cão do seu anfitrião para se tornar elemento indispensável na sua vida. Mas o filme que lhe trouxe reconhecimento internacional foi "A Comilança" (1973). Com um sólido elenco liderado por Tognazzi, Mastroianni, Michel Piccoli e Philippe Noiret, a história baseia-se em quatro amigos ricos de meia-idade que se encerram numa mansão e juntos fazem um pacto de suicídio. Ferreri gostava de explorar a polémica: em "A Última Mulher" (1975) filmou uma cena de autocastração de um engenheiro (interpretado por Gérard Depardieu) quando falha nas suas relações emocionais com a esposa, a amante e o filho. Em "Ciao Maschio" (1978), contou a história de um iluminador teatral francês (Depardieu) que se suicida por não conseguir enfrentar a gravidez da sua namorada e a morte do seu macaco de estimação. Voltou a trabalhar com Mastroianni em "A História de Piera"(1983). O seu último filme foi "Nitrato d'Argento" (1996). Morreu em Paris, vítima de enfarte, em 9 de maio de 1997.

Outros filmes de destaque de Ferreri : "Não Toque na Mulher Branca"(73); "Crônica de um Amor Louco"(81); "A Carne"(91) e "Diário de um Vício"(93).






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