Cega Obsessão - Yasuzo Masumura + Biografia
Cega Obsessão - Yasuzo Masumura
Postado em 17/11/2011
Môjo - Japão - 1969
Direção - Yasuzo Masumura
Roteiro - Rampo Edogawa (argumento), Yoshio Shirasaka (escritor).
Gênero - drama - suspense
Duração - 84 minutos
Elenco - Eiji Funakoshi, Mako Midori, Noriko Sengoku.
Sinopse - Escultor cego desconhecido e sua mãe acabam de sequestrar a mais bonita das modelos do Japão e a alojam em um ateliê rodeado de esculturas bizarras. Ao longo dos dias, o escultor, que tenta fazer a escultura perfeita a partir do toque ao corpo dela, acaba por se apaixonar pela modelo, criando um triângulo amoroso de amor e fúria e, fatalmente, acabando em tragédia.
Curiosidades - Baseado num conto de Edogawa Rampo, pai dos romances policiais nipônicos dos anos de 1920 a 1960.
- Mako Midori que interpreta a modelo, se tornou ícone do cinema underground japonês.
Comentário - Um filme de horror psicológico, que se tornou clássico da "Nouvelle Vague" japonesa, "Cega Obsessão" é um retrato da insanidade humana, as relações possessivas que ultrapassam limites e o sadomasoquismo. Um filme perturbador e erótico.
Nota - 8
Yasuzo Masumura
Era um intelectual independente e apaixonado que esculpiu um nicho na história do cinema japonês por ser único e ao mesmo tempo dialogar com seus contemporâneos e antecessores do Japão e do mundo todo. No início da década de 50 começou a trabalhar como um dos assistentes de direção nos Estúdios Daei enquanto buscava seu bacharelado em Artes na Universidade de Tóquio, desta vez uma dupla formação em filosofia e literatura. Um ensaio que Masumura escreveu em inglês sobra a história do cinema japonês o levou a conseguir uma bolsa de estudos no Centro Sperimentale di Cinematografia em Roma., onde se formaram: Michelangelo Antonioni, Marco Bellochio, Liliana Cavani, Claudia Cardinale, Gabriel Garcia Marques entre outros.
Ao regressar ao Japão em 1953, torna-se o principal assistente de direção de Kenji Mizoguchi e de Kan Ishikawa. Nagisa Oshima considerava Masumura um dos poucos realizadores capazes de resgatar o cinema japonês de "sua beleza nebulosa e de seus jardins estúpidos". Em 1996, Michelangelo Antonioni, com 84 anos, sai de seu leito médico para comparecer a uma retrospectiva de dez dias dos filmes de Masamura em Roma. Antonioni disse aos repórteres que Masumura sempre foi um de seus cineastas preferidos.
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