Betty Blue - Jean-Jacques Beineix + Biografia

Betty Blue - Jean-Jacques Beineix 


Postado em 21/1/2012 




37°2 le Matin  -  França  -  1986

Direção - Jean-Jacques Beineix

Roteiro - Philippe Djian (romance), Jean-Jacques Beineix (autor).

Gênero - drama - romance

Duração - 120 minutos

Elenco - Jean-Hughes Anglade, Béatrice Dalle, Gérard Darmon, Consuelo De Havilland, Vincent Lindon.

Sinopse - No sul da França, Zorg trabalha como zelador e dá manutenção para 500 bangalôs, além de tomar conta deles. Ele leva uma vida quieta e calma, escrevendo no tempo de folga. Um dia Betty entra em sua vida. Ela é uma mulher jovem e bela, mas também dona de um temperamento imprevisível e instável. Após uma briga com o chefe de Zorg, ela põe fogo no bangalô onde moram. Betty e Zorg rumam para Paris, onde decidem começar um vida nova. Lá ambos vão trabalhar como garçons no restaurante de Eddy, um amigo. Betty, que viu um manuscrito de Zorg, crê que ele seja um grande escritor e não aceita que ele sirva mesas ou faça biscates. Assim datilografa o texto e manda para todos os editores da cidade, mas vários recusam dizendo que aquilo é um lixo, o que deixa Betty inconformada. Quando morre a mãe de Eddy, que morava a 900 quilômetros de Paris, Betty, Zorg e Lisa, a namorada de Zorg, também vão ao enterro. Após o funeral Eddy propõe, que Zorg e Betty fiquem no lugar, tomando conta de uma loja de pianos da sua falecida mãe. Os dois aceitam prontamente, pois adoram o lugar, mas nem tudo sai como o esperado em razão do temperamento difícil de Betty estar saindo do controle.

Curiosidades  - Estréia de Béatrice Dalle no cinema.
                     - Também disponível em versão do diretor, com 185 minutos.

Comentário - "Betty Blue" antes de qualquer coisa é um retrato da psicose, mais precisamente do "Transtorno de Personalidade Borderline", Betty alterna momentos de intensa afetividade sexual e momentos destrutivos e sua patologia vai evoluindo até terminar de maneira trágica. Um filme denso e emotivo que fez muito sucesso na época de seu lançamento, talvez pela constante nudez de Beátrice Dale e as quentes cenas de sexo, conta com excelente atuações do par central, uma bonita fotografia e trilha-sonora.

Nota - 8



                                   





Jean-Jacques Beineix



Jean-Jacques Beineix, Paris  -   8 de outubro de 1946.

Após dez anos trabalhando como assistente de direção de outros cineastas, entre eles Claude Berri, obteve reconhecimento mundial com seu filme de estréia "Diva - Paixão Perigosa"(81), ganhando um César. Em 1983 fez "A Lua na Sarjeta" com Gérard Depardieu e Nastassja Kinski, sendo um fracasso de bilheteria. Mas em 1986, sua sorte mudou com a indicação para o Oscar de melhor filme estrangeiro com "Betty Blue", que revelou a atriz Béatrice Dale e fez dela a musa do cinema francês daquela década. "Roselyne e os Leões" (89) é um interessante romance passado no mundo do circo, em  "IP5"(92) foi duramente criticado pela imprensa, sendo acusado até levar o ator Yves Montand à morte. Depois disso vem se dedicando mais a documentários.



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