A Religiosa - Jacques Rivette + Biografia
A Religiosa - Jacques Rivette
Postado em 15/1/2012
La Religieuse - França - 1966
Direção - Jacques Rivette
Roteiro - Denis Diderot (romance), Jean Gruault e Jacques Rivette (roteiro).
Gênero - drama
Duração - 135 minutos
Elenco - Anna Karina, Liselotte Pulver, Francisco Rabal, Micheline Presle.
Sinopse - Na França do século XVIII, uma menina é forçada contra a sua vontade a tomar votos como freira. Três madres-superioras tratam-na de formas radicalmente diferentes, que vão da preocupação materna, a perseguição sádica e o desejo lésbico.
Curiosidades - Uma adaptação fiel do romance do filósofo iluminista Denis Diderot.
- Mesmo censurado pelo governo francês por questões religiosas, o filme apresentou-se no Festival de Cannes de 1966, ocasião em que perdeu o Prêmio Palma de Ouro para "Um Homem, Uma Mulher", de Claude Lelouch, e "Confusões à Italiana", de Pietro Germi.
Comentário - Rivette realizou uma grande crítica a religião e a familia, respeitando ao máximo o texto original de Diderot, mostra as imposições familiares e a hipocrisia da igreja ao qual a jovem Suzanne, Anna Karina em seu melhor desempenho, é submetida. Belas fotografia e trilha-sonora dão uma excelência técnica ao filme.
Nota - 9
Jacques Rivette
Rivette sempre achou que seus trabalhos não podiam ser restringidos à duração tradicional, seu "Out One: Spectre"(72) ainda não foi lançado na versão original de 13 horas e mesmo a versão condensada possui 4 horas de duração. Este filme revela seu desejo de não se ater às convenções do cinema, dependendo bastante de improvisações e do acaso. Seu gosto pelo teatro está em "Paris Nous Appartient"(61) e "L`Amour Fou" (68). Apenas seu primeiro curta, "Le Coup du Berger"(56) e "Celine and Julie Vont en Bateau"(74) eram otimistas. Rivette foi crítico e depois editor chefe do Cahiers du Cinéma, tendo também trabalhado como assistente de Renoir e depois como cinegrafista nos curtas de 16mm de Truffaut e Rohmer. Seu "La Bande des Quatre"(89) recebeu o prêmio internacional da crítica em Berlim, enquanto "A Bela Intrigante"(91) foi um estudo sobre o relacionamento entre a arte e a humanidade.
Seus filmes desafiam e estimulam o intelecto, são longos e talvez os mais subvalorizados entre as obras da Nouvelle Vague.
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