A Doce Vida - Federico Fellini + Anita Ekberg

A Doce Vida - Federico Fellini 


Postado em 8/3/2012 

                           



La Dolce Vita  -  Itália/França  -  1960

Direção - Federico Fellini

Roteiro - Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli, Brunello Rondi, Pier Paolo Pasolini.

Gênero - drama - romance

Duração - 174 minutos

Elenco - Marcello Mastroianni, Anita Ekberg, Anouk Aimée, Yvonne Furneaux, Magali Noël.

Sinopse -  Em Roma Marcello Rubini é um jornalista que escreve fofocas para os tablóides sensacionalistas. Ele anseia ser um escritor sério mas, como tantos, nunca consegue escrever qualquer coisa mais profunda além do que ele normalmente escreve para viver. Em uma boate Marcello conhece uma herdeira rica, Maddalena, que sofre por sentir um enorme tédio pois tudo a chateia, e ela constantemente está à procura de excitações novas. Juntos pegam uma prostituta e passam a noite fazendo um menage à trois no quarto da meretriz. Quando Marcello volta para casa encontra sua costumeira amante, Emma, que tinha tomado uma overdose de pílulas para dormir. Marcello se apressa em levá-la até o hospital onde ele fica seguro que Emma se recuperará, apesar dela estar ainda muito deprimida. Marcello então corre para cobrir no aeroporto a vinda de Sylvia Rank, uma nova atriz de Hollywood. Logo Marcello fica mais íntimo de Sylvia e é tudo que ele deseja, pois está totalmente fascinado pela beleza dela. Assim percorrem juntos os pontos turísticos de praxe, como a Praça de São Pedro, as Termas de Caracalla e a Fonte de Trevi, onde ela resolve tomar um banho com roupa.

Curiosidades  - Palma de Ouro no Festival de Cannes.
                     - O produtor Dino De Laurentiis deixou o projeto após o diretor Federico Fellini se recusar a escalar o ator Paul Newman como o personagem Marcello Rubini.
                     -  O filme criou o termo "paparazzi", que acabou sendo incluído no vocabulário mundial.

Comentário - O filme mais famoso de Fellini é um retrato da decadente sociedade romana, mostrando seu vazio e a maneira hedonista que as pessoas tentam extravasar suas frustrações. Festas, orgias e porres homéricos são mostrados no mais puro estilo felliniano que mais uma vez nos presenteia com imagens inesquecíveis, como a cena em que Marcello cavalga numa mulher emplumada, ou a em que uma grande estátua de Cristo voa sobre Roma, e principalmente a belíssima cena em que Anita Ekberg toma banho na Fontana di Trevi.

Nota - 9
                              









Anita Ekberg



Kerstin Anita Marianne Ekberg  -  Malmö, 29 de setembro de 1931 - 11 de janeiro de 2015.

Anita começou a trabalhar como modelo para revistas de moda na adolescência e, em 1950, com o incentivo da mãe, participou e venceu o concurso de Miss Malmö, da sua cidade, sendo depois eleita Miss Suécia de 1951. Foi então para os Estados Unidos representar o país no Miss Universo e conheceu Howard Hughes, milionário produtor de filmes, que a convidou a trabalhar para ele. A combinação da beleza física e a agitada vida particular e social de Anita logo a transformaram numa pin-up e em presença constante nas páginas de revistas mundanas e masculinas da mídia norte-americana, o que a tornou uma das maiores pin-ups dos anos 50.
Ficou famosa nos Estados Unidos após uma turnê feita com o comediante Bob Hope, em que substituiu Marilyn Monroe, doente, transmitida nacionalmente pela televisão. Na metade da década, ela começou a trabalhar para outros estúdios e foi contratada pela Paramount Pictures para trabalhar com Jerry Lewis e Dean Martin em"Artistas e Modelos"(1955) e"Ou Vai Ou Racha" lhe deram grande projeção popular. No mesmo ano, ela foi para a Europa filmar com o diretor King Vidor, na versão de"Guerra e Paz" em que fez o segundo papel feminino depois de Audrey Hepburn.
Depois de alguns filmes menores até o fim da década, ela finalmente teve a chance de fazer o filme que a tornaria um ícone, quando foi convidada por Federico Fellini para viver Sylvia, famosa atriz sueco-americana em"A Doce Vida". O sucesso de"A Doce Vita"levou-a a fazer"Boccaccio 70"com Sophia Loren e Romy Schneider e mais dois filmes testemunhais com Fellini em anos seguintes, " Palhaços"(70) e "Entrevista"(87).  Nos últimos anos de sua vida, suas aparições na tela eram esporádicas, apenas em pequenos filmes europeus e na televisão italiana.






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