A Aventura - Michelangelo Antonioni + Biografia

A Aventura - Michelangelo Antonioni


Postado em 24/10/2011 



L Avventura  -  Itália/França  -  1960

Direção - Michelangelo Antonioni

Roteiro - Elio Bartolini, Tonino Guerra, Michelangelo Antonioni.

Gênero - drama - romance

Duração - 145 minutos

Elenco - Monica Vitti, Lea Massari, Gabrieli Ferzetti, Dominique Blanchar.

Sinopse - Um grupo de italianos ricos está em um cruzeiro pela costa da Sicília, quando uma das integrantes desaparece misteriosamente. Seria assassinato , sequestro, acidente, suicídio? Enquanto seu namorado e sua melhor amiga a procuram pela Itália, eles começam a ter um caso.

Curiosidades - Primeiro filme da "Trilogia da Incomunicabilidade" seguido por "A Noite"(61) e "O Eclipse"(62).

Comentário - Antonioni transforma um mistério em reflexão sobre a existência humana, e nos mostra o vazio da burguesia, a alienação provocada pelos avanços industriais e o desenvolvimento urbano que afastam o homem da natureza e dos sentimentos, além da falta de comunicação nos relacionamentos humanos, ou seja, temas que hoje vivemos com mais intensidade. Tudo mostrado com poucos diálogos, com ritmo lento e os peculiares "planos sequência" de Antonioni.

Nota - 9



                           





Michelangelo Antonioni


  Ferrara, 29 de setembro de 1912  —  Roma, 30 de julho de 2007.
Graduou-se em economia na Universidade de Bolonha. Chegando a Roma em 1940 estudou no Centro Sperimentale di Cinematografia na Cinecittà, onde conheceu alguns dos artistas com quem acabou cooperando nos anos futuros; entre eles Roberto Rossellini.
O diretor Ingmar Bergman uma vez disse que admirava alguns dos filmes do Antonioni por serem desinteressados e algumas vezes visionários. Os seus filmes tendem a ter muito poucos planos e diálogos, e muito do tempo é gasto em longas e lentas sequências, como uma sequência contínua de dez minutos em "Profissão:Repórter", ou muitas cenas em "A Noite" que mostram uma mulher simplesmente vagando silenciosamente pela cidade a observar outras pessoas. Apesar dos seus filmes serem repletos de beleza visual, e de terem uma captação perfeita da alienação dos personagens, o estilo com pouco movimento, e de ritmo lento, pode se tornar cansativo a algumas pessoas.
Sua assinatura já está na elegância do primeiro longa, "Crimes D´alma"(50), mas a maturidade do estilo veio em "A Aventura"(60), que realinhou a percepção do tempo e espaço no cinema e, com "A Noite"(61) e "O Eclipse"(62), forma a trilogia sobre a alienação. Em "Deserto Vermelho"(64), Monica Vitti vive uma dona de casa que enlouquece com paisagens industrial a seu redor. Nos quatro títulos seguintes o diretor voltou o olhar para fora da Itália: o Oriente com o documentário "China"(72); Londres com "Blow Up"(1966), tendo como protagonista uma repórter da elite; a juventude americana materialista em "Zabriskie Point"(69); e o norte da África com "Profissão:Repórter"(75). De volta à Itália e com Vitti, com quem fez quatro filmes, registrou em vídeo "O Mistério de Oberwald"(80) mas, em "Identificação de Uma Mulher"(82) voltou a filmar em película. Em 1985, um derrame deixou-o parcialmente paralisado; ainda assim, fez "Além das Nuvens"(95), inspirado em contos seus e com a parceria de Wim Wenders.
Antonioni vem a falecer em 30 de julho de 2007, aos 94 anos, no mesmo dia em que falece Ingmar Bergman.






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