Terra em Transe - Glauber Rocha + Cinema Novo
Terra em Transe - Glauber Rocha
Postado em 29/9/2011
Terra em Transe - Brasil - 1967
Direção - Glauber Rocha
Roteiro - Glauber Rocha
Gênero - drama
Duração - 106 minutos
Elenco - Jardel Filho, Glauce Rocha, Mauricio do Valle, Paulo Autran, Flávio Migliaccio, José Lewgoy, Danuza Leão, Mario Lago, Paulo Gracindo, Hugo Carvana, Paulo César Pereio, Jofre Soares, Francisco Milani, Darlene Glória.
Sinopse - Em Eldorado, país fictício do Atlântico, muito parecido com o Brasil, há uma luta política entre duas facções. Um poeta e escritor tente impedir o golpe que derrubará o governo populista de Felipe Vieira sem deixar de lutar pelas mudanças.
Curiosidades - O filme marca o início do Tropicalismo.
- Glauce Rocha não tem parentesco com Glauber.
- Quando a fita foi lançada em video, teve um de seus rolos trocados e ninguém percebeu devido à narrativa confusa do filme.
- Em abril de 1967 o filme foi proibido em todo território nacional, por ser considerado subversivo e irreverente com a Igreja. Depois foi liberado, com a condição de que se desse um nome ao padre interpretado por Jofre Soares.
" Tudo no fim dá certo. "
Comentário - Com um elenco estelar e no mais puro estilo do cinema novo, Glauber Rocha critica e ridiculariza os políticos, imprensa, a direita, a esquerda, o povo e a igreja. A narrativa complexa e as atuações teatrais peculiares do cinema de Glauber tornam o filme cansativo para muitas pessoas, mas o teor reflexivo e crítico torna o filme obrigatório, pois "Terra em Transe" faz uma incrível crítica ao sistema político brasileiro que, infelizmente, após 50 anos, continua atual.Nota - 8,5
Abaixo está a analise dos censores sobre a censura imposta ao filme.
"... Conclama o povo à revolução armada, em represália aos governos demagogos e opressores que fazem as pessoas sofrerem privações. Nada poderá ser alegado em favor da liberação do filme..." - 11 de abril de 1967.Cinema Novo
Em um pais de poucos recursos técnicos e financeiros, mas com muita imaginação, bastava apenas ter "uma idéia na cabeça e uma câmera na mão" e as influências de luz natural e atores não profissionais, Nelson Pereira dos Santos usou esses ensinamentos em filmes como "Rio 40 graus"(1955) e "Rio Zona Norte"(1957).
No início da década, surgiu o Cinema Novo como um movimento organizado, onde jovens cineastas se destacaram como Glauber Rocha, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Paulo César Saraceni e Walter Lima Jr. E suas respectivas obras: "Barravento"; "Os Fuzis"; "Ganga Zumba"; "O Desafio" e "Menino de Engenho".
Foi um movimento intenso e breve, que teve enorme influência sobre o cinema brasileiro.
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