A Partida - Yojiro Takita + Cinema Japonês
A Partida - Yojiro Takita
Postado em 23/9/2011
Okuribito - Japão - 2008
Direção - Yojiro Takita
Roteiro - Kundo Koyama
Gênero - drama
Duração - 130 minutos
Elenco - Masahiro Motoki, Tsutomu Yamazaki, Ryoko Hirosue, Kazuko Yoshiyuki.
Sinopse - Daigo Kobayashi tem o sonho de tocar violoncelo profissionalmente. Para tanto se endivida e compra um instrumento, conseguindo emprego em uma orquestra. O pequeno público que comparece às apresentações faz com que a orquestra seja dissolvida. Sem ter como pagar, ele devolve o instrumento e decide morar, com sua esposa Mika, em sua cidade natal. Em busca de emprego, ele se candidata a uma vaga bem remunerada sem saber qual será sua função. Após ser contratado, descobre que será assistente de um agente funerário, o que significa que terá que manipular pessoas mortas. De início Daigo tem nojo da situação, mas a aceita devido ao dinheiro. Apesar disto, esconde o novo trabalho da esposa. Aos poucos ele passa a compreender melhor a tarefa de preparar o corpo de uma pessoa morta para que tenha uma despedida.
Curiosidades - Oscar de melhor filme estrangeiro.
Comentário - O cinema japonês é reconhecido por seus filmes de grande sensibilidade realizados pelos mestres Akira Kurosawa, Yasujiro Ozu e Kenji Mizoguchi. Yojiro Takita, não é um cineasta desse nível, mas A Partida é um filme de sensibilidade que nos faz lembrar os velhos mestres. O Filme retrata a morte com respeito e delicadeza, e nos faz refletir sobre os preconceitos que algumas profissões despertam e sobretudo de que muitas vezes a vida não nos permite expressar nossos sentimentos.
Nota - 9
Cinema Japonês
Após a Segunda Guerra, sob a ocupação dos EUA, priorizaram-se os jidai-geki , evitando censuraveis questões atuais.
O caminho para os filmes serem exibidos no Ocidente foi aberto com "Rashomon"(1950) ao ganhar o Grande Prêmio de Veneza. A partir dai filmes como "Os Sete samurais" (Akira Kurosawa); "Era uma Vez em Tóquio" (Yasujiro Ozu) e "Contos da Lua Vaga" ( Kenji Mizoguchi) além do anti-bélico "A Harpa da Birmânia" (Kon Ichikawa) foram celebrados no mundo todo.
Em 1954, Ishirô Honda criou "Godzilla" dando origem ao cultuado filão de mosntros.
Nos anos 60, com influência da Nouvelle Vague, diretores como Shohei Imamura, Yoshishige Yoshida e Nagisa Oshima exploraram o erotismo e a violência em filmes como "A Mulher Inseto"; "Eros + Massacre" e "O Império dos Sentidos".
Nos anos 80 destacam-se filmes de Kurosawa: "Kagemusha" e "Ran" e "A Balada de Narayama" de Imamura. Surgiram novos cineastas, com destaque para Juzo Itami que fez "Tampopo - Os Brutos Também Comem Spaghetti".
Na virada do século, Takeshi Kitano contribui com filmes que retratam a Yakuza como "Hana-bi - Fogos de Artifício" e "Brother". Na animação destacam-se "Akira" de Katsuhiro Otomo e os desenhos de Hayao Miyazaki entre eles o vencedor do Oscar de animação, "A Viagem de Chihiro".
Outro filão com muitas refilmagens no Ocidente são os filmes atuais de terror como "Ring - O Chamado" e "O Grito".
Comentários
Postar um comentário